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Kobayashi tenta escrever novo capítulo no América-RN: “Difícil apagar história que fiz como atleta”

CAMPEÃO DA COPA DO NORDESTE E COM DOIS ACESSOS COMO JOGADOR, TREINADOR MANTÉM OTIMISMO PARA DUELO CONTRA O FLORESTA. FOTO: CANINDÉ PEREIRA

Se tem alguém confiante no América-RN, este é Paulinho Kobayashi. Agora, se tem alguém pressionado no América-RN, este também é Paulinho Kobayashi. Não é fácil a vida de treinador no Brasil, principalmente quando se é ídolo do clube. Para citar casos recentes, lembrem de Paulo Roberto Falcão no Internacional, Rogério Ceni no São Paulo, Ramon Menezes no Vasco e Renato Gaúcho no Grêmio – este último tem os melhores resultados, mas também enfrentou crises. Comemorando 51 anos neste sábado, Kobayashi pode escrever um novo capítulo na história do Alvirrubro, pelo qual foi campeão da Copa do Nordeste de 1998 como jogador. Tem a missão de levar a equipe à Série C e, para isso, precisa vencer o Floresta por três gols de diferença no domingo. Como perdeu por 2 a 0 em Fortaleza, se ganhar por dois gols, a decisão da vaga será nos pênaltis.

Criticado por parte da torcida e da imprensa após o revés na Arena Castelão – montou o time com três volantes e não fez todas as substituições na segunda etapa -, Kobayashi admitiu que a estratégia adotada não surtiu efeito, mas lembrou que é possível reverter o quadro na Arena das Dunas. Sobre o fato de ser um ídolo rubro, o treinador frisa que nada vai apagar o que construiu no clube.

– Muitos estão falando até mesmo que eu estou apagando essa história que fiz no América. É difícil apagar essa história que fiz como atleta. Não tem como tirar esse título da Copa do Nordeste de 98, nem a artilharia, o acesso que tive na Série C, que o América estava fora praticamente, e voltou porque teve o problema do Nacional de Patos. Continuei na Série B e também subi para a Série A. Isso aí não tem como apagar – declarou na entrevista coletiva.

O comandante rubro enalteceu a experiência que teve como jogador e também a carreira de treinador, na qual tem dois títulos estaduais com o Altos, além de bons trabalhos no Imperatriz e Floresta, justamente o adversário neste duelo do acesso. A trajetória no América também foi ressaltada – assumiu o time após a demissão de Roberto Fernandes, no início de setembro.

– Como treinador, é uma história diferente. Em outros clubes consegui fazer história. No próprio Floresta, em 2019, nós chegamos em terceiro, atrás apenas de Fortaleza e Ceará, e fui eleito o melhor técnico do Campeonato Cearense. Não posso deixar que qualquer crítica venha a atrapalhar o meu trabalho. Eu fui atleta durante 20 anos, tenho 10 anos como técnico, estudei quatro anos na CBF. Tudo isso mostra que estou no caminho certo. Não posso me abalar com críticas. Tenho que dar sequência no meu trabalho. O reconhecimento não é feito só de títulos e acessos, e, sim, do bom trabalho que a gente faz – comentou.

Com informações do GERN

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