Em entrevista divulgada pela Agência Pública, a magistrada falou sobre os casos de exploração sexual infantil em Marajó, no Pará, criticando o esforço de Damares Alves para resolver o problema.
“Nesses lugares do Marajó em que a gente vê uma ausência total do Estado, se ela (Damares) botar uma igreja evangélica em cada lugar, vai dar uma desgraça”, declarou Elinay.
Ela também acusou o governo de ter um “projeto de poder” que “passa pelas igrejas evangélicas”, além de acusar a ministra de buscar soluções para o Marajó com objetivos políticos, pois Bolsonaro teria obtido poucos votos.
Elinay também criticou uma declaração em que a ministra Damares Alves sugeriu a criação de empregos no Marajó através da instalação de fábricas de calcinhas, uma demanda apresentada pelos próprios moradores por conta dos casos de abuso de menores.
“A fábrica de calcinhas é o exemplo claro do colonizador chegando lá e dizendo pro colonizado o que ele tem que fazer”, criticou.
Durante a entrevista ela defende os governos do PT e do PSDB, além de atacar o PSL, que não estaria atuando de forma eficiente no combate ao trabalho escravo, como nos governos anteriores.
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