O presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, abordou medidas para impulsionar o futebol potiguar, além de discutir esforços da FNF em enfrentar a manipulação de resultados de jogos, uma questão crescente no futebol brasileiro.
O presidente explicou que a federação intensificou as ações de monitoramento de partidas para identificar indícios de manipulação. “Temos operações em funcionamento e um contrato com uma empresa especializada, o que nos permite receber relatórios detalhados sobre os jogos”, afirmou ele, em entrevista ao programa Jornal das Seis, da rádio 96 FM, nesta quarta-feira 6.
Ele ainda explicou que agora a FNF obtém informações detalhadas, como o minuto exato de ações suspeitas e a identificação dos jogadores envolvidos. Esse trabalho visa, segundo ele, facilitar o apoio ao Ministério Público, que poderá fazer denúncias apenas com provas robustas. “Nós recebemos com mais detalhe, minuto do jogo, a camisa, o nome do jogador, a intenção que ele teve, o que vai facilitar ao próprio Ministério Público”, disse José Vanildo.
A reunião da FNF abordou também uma reformulação na organização das divisões do futebol estadual, com a ampliação do número de clubes rebaixados da primeira divisão para dois, com o objetivo de aumentar a competitividade. Segundo o presidente, essa mudança oferece uma “mobilidade” maior entre as divisões e promete elevar o nível das disputas.
“Essa solução alternativa em rebaixar dois, subir dois, isso vai dar uma mobilidade e também acabar aquele momento do refresco que tem numa primeira divisão, não suba nem desça, hoje não. A competição vai ser muito forte em cima e dois na parte de baixo”, comentou.
Ainda sobre o cenário do futebol no estado, José Vanildo compartilhou desafios quanto ao apoio financeiro e à estrutura dos clubes locais, ressaltando que a falta de investimento público e o baixo apoio da iniciativa privada dificultam o crescimento da modalidade no Rio Grande do Norte. Isso em comparação com estados como Ceará e Pernambuco, que recebem maiores aportes.
Agora RN