A Johnson & Johnson divulgou nesta 6ª feira (29.jan.2021) que sua vacina contra covid-19 obteve indicadores de segurança na 3ª fase dos estudos clínicos, tornando-se a 1ª vacina de dose única em etapa avançada de testes. A taxa de eficácia chegou a 66% em casos moderados e graves. Se considerados apenas casos graves, a taxa chega a 85%. Nenhum dos voluntários do estudo morreu por covid-19.
Os estudos foram realizados com 43.783 voluntários, em 8 países. As taxas de eficácia variaram para cada região onde os testes foram realizados: de 72% nos EUA; de 66% na América Latina; e de 57% na África.
O Brasil foi um dos países onde foram realizados os testes e, por isso, a Johnson & Johnson pode entrar com um pedido de uso emergencial da vacina, por determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) só há liberação das substâncias se elas forem previamente testadas no país.
A empresa prepara-se para pedir o uso emergencial nos Estados Unidos na próxima semana, na FDA (Food and Drug Administration) –órgão dos EUA equivalente à Anvisa Brasileira.
“Entre todos os participantes de diferentes geografias e incluindo aqueles infectados com uma variante viral emergente, a vacina candidata contra covid-19 da Janssen [empresa farmacêutica da J&J] foi 66% eficaz em geral na prevenção dos desfechos combinados moderado e grave, 28 dias após a vacinação. O início da proteção foi observada já no 14º dia”, disse a empresa, em comunicado.
O imunizante também revelou-se eficaz contra a variante do coronavírus identificada na África do Sul, onde a eficácia foi de 57% em casos graves e moderados; na América Latina (66%); e nos Estados Unidos (72%).
Não houve casos de covid-19 em nenhum dos participantes após 49 dias dos testes. O imunizante, segundo os desenvolvedores, também impediu que qualquer um dos voluntários fosse hospitalizado ou morresse por causa da doença causada pelo coronavírus.
A vacina da Johnson e Johnson usa o adenovírus sorotipo 26 (Ad26) –já empregado na vacina contra a Ebola. É diferente dos imunizantes da Moderna e da Pfizer, que usam o rnaM; e também da CoronaVac, que usa o vírus inativado.