O médium João de Deus passou mal na manhã desta quarta-feira (2) no Núcleo de Custódia, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital, onde está preso por denúncias de abuso sexual. Segundo informou a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele foi socorrido e encaminhado para um hospital.
O órgão afirmou ainda que João de Deus teve um sangramento na urina durante uma consulta de rotina nas celas. Diante da situação, a equipe médica achou por bem encaminhá-lo a uma unidade de saúde para a realização de mais exames.
O advogado Alex Neder, que integra a defesa, conta que acompanhou o médium no presídio durante toda esta tarde. “Ele teve um sangramento na urina hoje, mas já não vem se sentindo bem há alguns dias. Ele também relatou dor no estômago e tontura. Fizemos o requerimento para que ele fosse levado o mais rápido possível para fazer exames e o médico do Complexo Prisional também pediu exames com urgência”, contou.
O defensor afirmou que a família ficou muito preocupada ao saber da situação, que ele define como “precária”. “Não é o local adequado para que ele fique, principalmente agora, com o agravamento do estado de saúde dele”, completou.
João de Deus, que sempre negou as acusações, está preso desde o dia 16 de dezembro, após se entregar em Abadiânia, no Entorno do DF, onde realiza seus atendimentos.
Desde então, foi levado para a unidade prisional, onde o médium passou a virada de ano no presídio, onde não teve uma ceia especial. Na ocasião, recebeu uma “refeição normal”, junto com os outros quatro presos com quem divide cela, aos mesmos moldes do que ocorreu no Natal.
MP e Justiça
O MP denunciou o médium no dia 28 de dezembro por quatro crimes que englobam fatos investigados pela Polícia Civil e Ministério Público: dois por violação sexual mediante fraude e dois por estupro de vulnerável.
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) informou que a denúncia contra o médium só será analisada após o plantão judiciário, que termina no dia 7 de janeiro. Além disso, os autos foram remetidos à “juíza natural do processo”, Rosângela Rodrigues dos Santos, responsável pela comarca de Abadiânia, no Entorno do DF, onde o caso tramita.
G1 GO