Não há ressentimento, não há mágoa, com o presidente Lula. O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, reafirma que não brigou com o líder do partido ao qual continua filiado. Como quadro do PT, Jean-Paul não descarta a disputa a um cargo eletivo, “sem dúvida nenhuma”. “Uma pessoa que está filiada a um partido, que teve o desempenho que eu tive, modéstia parte, que não foi ruim, ele tem que estar permanentemente disponível”, avalia o ex-senador em entrevista exclusiva ao Diário do RN, na tarde desta quinta-feira (12), em sua residência, em Natal.
À vontade em uma das poltronas da varanda da casa no bairro de Capim Macio, o ex-senador se sentiu à vontade igualmente para opinar sobre qual deve ser a chapa do PT RN para o pleito de 2026. “Walter é o vice-governador, que vai assumir, Fátima é candidata ao Senado, e vamos trabalhar dessa forma. Esse é o cenário”, defende, frisando que o trabalho deve começar já em torno de março de 2025.
O nome de Walter, para ele, surge “diante até de uma certa escassez de potenciais, e rivalidades internas” no PT. Além de que, “eleitoralmente, em relação às cidades, a única saída que o PT tem e a esquerda tem é o MDB”.
Jean-Paul acrescenta que “o mínimo que o PT pode propiciar a Fátima nesse momento da carreira pela trajetória política dela é uma garantia absoluta de candidatura ao Senado”.
Passado o período da quarentena, no dia 15 de novembro, após a saída de Petrobras, Jean-Paul diz que, apesar disso, não está nem no “banco de reservas” do partido, e já começou a se reconstruir profissionalmente, se dedicando a pelo menos três projetos na sua área de atuação, em recursos naturais e energias renováveis, em atuação regional, nacional e internacional.
Sobre o atual momento da Petrobras, dispara: “A empresa passou a ser não vinculada ao Ministério, mas subordinada ao Ministério”, se referindo à pasta de Minas e Energia, comandada por Alexandre Silveira, um dos responsáveis por sua fritura no Governo.
Diário do RN