O senador Jean Paul Prates (PT-RN) criticou duramente o governo Bolsonaro, recentemente, em seu site, pela decisão em privatizar a Petrobras até 2022. Curiosamente, ao lembrar o suicídio de Getúlio Vargas, que ocorreu em 24 de agosto de 1954, o parlamentar cobrou uma posição das Forças Armadas e recordou o papel decisivo do Exército na criação da empresa e na formulação da política de energia desenhada no Brasil pelo Estado Maior ainda nos anos 30.
Ele afirmou que Getúlio foi o presidente da República mais influente e popular do Brasil no século 20 e que sua morte marcou profundamente a história do país. “O gesto dramático – um tiro no peito – foi o último esforço para barrar a sanha golpista que varria o Brasil naquele período”, disse. “Sua morte mudou o curso da história do país e adiou o golpe por quase 10 anos”.
Ao traçar um paralelo entre o legado de Getúlio e o momento presente que o país atravessa, Jean Paul disse que o país vive um retrocesso. “Vivemos o presente das queimadas, do desmatamento, da fome nas cidades e da violência nas ruas”, listou. “O presente das privatizações e da entrega do patrimônio público”.
O senador petista só esqueceu que o saudoso Vargas, a quem se refere, foi uma das figuras políticas mais polêmicas da história, justamente pelas suas tendências fascistas. Além das públicas declarações de admiração da condução social exercida pelos governos de Benito Mussolini, na Itália, e de Adolf Hitler, na Alemanha, aproximando-se ao Eixo no início da Segunda Guerra Mundial, o Estado Novo de Vargas se assemelhava aos referidos ditadores no apoio ao movimento sindical das massas. Essa medida proporcionava a Vargas se apresentar como defensor dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que reprimia as atividades de organização trabalhista que fugisse deste mesmo controle. Viva o populismo de ontem, bem a cara do PT de hoje.