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Jadson André descarta aposentadoria e exalta Ítalo Ferreira: “Maior orgulho”

JADSON ANDRÉ ESTÁ HÁ 10 ANOS NA ELITE DO CIRCUITO MUNDIAL. FOTO: WSL/TONY HEFF

Com a aposentadoria do campeão mundial Adriano de Souza, o Mineirinho, a “braçadeira” de capitão do Brazilian Storm no Circuito Mundial de surfe agora será do potiguar Jadson André. Aos 31 anos, ele será o mais experiente entre os representantes brasileiros na elite da WSL. A temporada 2021, porém, foi complicada e o surfista da Vila de Ponta Negra – que está há uma década entre os melhores do mundo – também pensou interromper a carreira (veja entrevista no vídeo acima).

A confirmação da permanência na elite veio na etapa do México, com o anúncio do cancelamento da última etapa que seria no Taiti. Contas feitas, vaga assegurada e mudança de planos.

– Eu já estava preparado para pendurar a prancha, mas o ‘cara lá de cima’ fez: ‘não, você vai ficar. Não é agora, não’. Acabou me dando uma energia extra. Vou ter um belo tempo para descansar e, antes do circuito começar, me preparar da melhor forma possível – falou.

– Foi um ano bem delicado, bem cansativo. Até mesmo para a própria WSL, pela logística para as competições. Muitos voos cancelados. No final deu tudo muito certo. Minha situação não era confortável no ranking. Já estava decidido (em parar) e, 15 dias depois, estou vivendo o melhor momento da minha vida. Deus sabe o que faz – completou.

Jadson não se surpreende com o domínio brasileiro nos últimos anos no Circuito Mundial e ele, mais do que ninguém, acompanha de perto a evolução do conterrâneo Ítalo Ferreira, campeão mundial em 2019 e primeiro medalhista de ouro do surfe nos Jogos Olímpicos.

– Em 2010, eu ficava mostrando vídeos do Ítalo para a galera e falava: ‘espera esse aqui chegar’. Eu fico muito feliz de fazer parte dessa história. É uma amizade verdadeira. Já vem de muito tempo. Estou muito feliz com o que está acontecendo com ele, e eu também estou vivendo um momento incrível na minha carreira – lembra.

Danilo Costa e Marcelo Nunes, potiguares que integraram a elite do surfe no início dos anos 2000, foram exemplos para Jadson André, que, anos atrás, também foi esta referência para o surfista de Baía Formosa. Jadson, hoje, é só orgulho pela trajetória do amigo.

– Quando ele começou a viajar para fora, a gente sempre estava junto, na primeira vez no México, no Havaí. E é muito legal estar ali ainda e acompanhar de perto todo esse sucesso que ele vem tendo. Eu falo para ele e para todo mundo que eu não fico nem um pouco surpreso porque eu não tinha a mínima dúvida de que ele ia se tornar quem se tornou hoje. Não só pelos resultados, mas pelo ser humano em si que ele se transformou. É o maior orgulho que sinto dele é o ser humano que ele é. É um cara que não divulga, não posta muita coisa, mas é um cara que mais ajuda as pessoas – declarou.

– Ser campeão do mundo, ser campeão olímpico é algo surreal, mas isso uma hora passa. O que vai ficar é o seu legado, e isso me deixa muito orgulhoso – emendou.

GE

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