O primeiro ouro do surfe nos Jogos Olímpicos é do Brasil, é do Rio Grande do Norte. Ítalo Ferreira subiu ao topo do pódio na madrugada desta terça-feira (27). O potiguar superou o japonês Kanoa Igarashi com um somatório de 15,14 contra 6,60.
Nem a prancha quebrada na primeira onda conseguiu evitar o que ele tanto sonhou e lutou para alcançar.
Mas o que é uma prancha quebrada para quem começou a surfar, aos 8 anos, em tampa de isopor? Ele trocou o equipamento e seguiu dando seu show nas águas de Tsurigasaki.
Após algumas notas baixas, Ítalo emendou uma boa sequência, com um 7,00; um 7,77 com direito a aéreo; e por fim um 7,37. As combinações deixaram o japonês precisando de duas boas notas a menos de 3 minutos do fim da bateria. O que não aconteceu e o ouro ficou com o Rio Grande do Norte.
“Eu acreditei até o final. Eu treinei muito nos últimos meses e Deus realizou meu sonho e eu só tenho a agradecer a Ele por poder fazer o que eu amo, ajudar a minha família”, disse ao término da prova.
Emocionado, ele ainda voltou a lembrar da família. “Eu queria que minha vó estivesse viva para ver o que eu me tornei, o que eu consegui fazer pelos meus pais”.
Ítalo Ferreira foi campeão mundial de 2019 e sustenta a caroa até hoje, já que o torneio de 2020 foi suspenso devido à pandemia de covid-19. Na atual temporada, ele está na segunda posição, atrás apenas de Gabriel Medina, que vai sair do Japão sem medalha.
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