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Ironias, corrupção e ‘Seu Lula’: Bolsonaro traça estratégia para tentar desestabilizar petista em debate da Globo

DEBATE ENTRE LULA E BOLSONARO SERÁ ÚLTMA OPORTUNIDADE DE SE CRIAR FATO PARA ALTERAR RETA FINAL DA CAMPANHAFOTO: MARIA ISABEL OLIVEIRA/ AGÊNCIA O GLOBO

Por Jussara Soares — Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai intensificar os ataques aos escândalos de corrupção das gestões petistas e prepara estratégias para desestabilizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o debate da TV Globo, na sexta-feira, antevéspera do segundo turno. O programa é visto como a última oportunidade para se criar um fato com potencial de alterar a reta final da eleição.

Os estrategistas que atuam na chapa à reeleição estão modulando com Bolsonaro o melhor tom para ele adotar ao longo do último confronto com o seu adversário. A ideia é que ele consiga ser incisivo sem parecer agressivo, como parte do plano para tentar tirar Lula do sério.

Com esse mesmo objetivo, Bolsonaro também lançará mão de investidas gestuais, como fez no debate da Band, duas semanas atrás. Na ocasião, ele pousou a mão nos ombros do adversário, o que deixou o petista desconfortável. No programa da Globo, contudo, os candidatos não poderão se tocar, como revelou o colunista do GLOBO Lauro jardim. Mas o presidente pretende, mais de uma vez, chamá-lo de “Seu Lula”, como fez há quinze dias. Ele também deverá usar de ironias e encaradas olho no olho para irritar o ex-presidente.

Aliados de Bolsonaro apostam que, se Lula morder a isca e demonstrar irritação, o episódio pode gerar danos à imagem do petista. Atenta possibilidades como essa, a campanha bolsonarista está preparada para reverberar nas redes sociais, em tempo real, as situações favoráveis ao presidente que ocorrerem no debate, na tentativa de amplificar a repercussão.

O derradeiro confronto com Lula é visto com a chance de Bolsonaro reverter o cenário adverso da última semana. Nos últimos dias, ele ficou acossado por episódios como o ataque a tiros e granadas do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do presidente, a Policiais Federais.

Também causou desgastes ao postulante à reeleição o vazamento do plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de desvincular a correção do salário mínimo e da aposentadoria.

FONTE: O GLOBO

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2 Comentários

  • Quem é esse bandido pra atacar Lula com acusações, quando nem ele, nem os filhos e nem os aliados políticos, nunca foram e nem nunca serão, referência de honestidade! Nada que esse imundo faça, vai apagar a trajetória política de Lula e a vontade do povo brasileiro de voltar a ter uma vida digna…sem fome, sem miséria!
    Isso é fato!

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