O Parlamento do Irã aprovou nesta terça-feira, 7, uma lei que designa as Forças Armadas dos Estados Unidos como “terroristas”, sinalizando uma escalada da tensão no Oriente Médio.
A decisão do regime de Teerã ocorre em meio à expectativa de retaliação militar contra alvos dos EUA após o assassinato do general Qassim Suleimani, uma das principais autoridades do país persa, em um bombardeio americano no Iraque na semana passada.
A medida aprovada pelos parlamentares iranianos diz que qualquer ajuda ao Exército americano “será considerada cooperação com um ato terrorista”. O texto é uma emenda a uma lei votada em abril que descreve os EUA como um país “patrocinador do terrorismo”.
O Parlamento também autorizou um aporte de EUR 200 milhões (aproximadamente R$ 910 milhões) destinado às forças Quds, grupo de elite da Guarda Revolucionária que opera no exterior e que era comandado por Suleimani até a sua morte.
Também nesta terça-feira, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã disse avaliar diversos “cenários de vingança” contra os EUA.
“Até agora nós discutimos no conselho 13 cenários de vingança, e que mesmo que haja consenso em torno do cenário mais moderado sua realização poderá ser um pesadelo para os americanos”, declarou o secretário do organismo, Ali Shamkhani, de acordo com a agência de notícias semioficial Fars.
Folhapress