O Parque das Dunas possui uma área de uso público com cerca de sete hectares, onde os visitantes podem realizar diversas atividades, desde caminhada e corridas em contato com a natureza, visita à sala de exposições, viveiro, unidade de mostra, piqueniques, até atrações culturais aos fins de semana. Infelizmente, a área de lazer pública tem sido utilizada de forma irregular, sendo observadas invasões constantes causando prejuízos ao ambiente. A prática clandestina de atividades físicas por grupos esportivos, trilheiros e assessorias de corrida, além da prática esportiva irregular, o Parque também tem sido alvo de usuários de drogas, assaltantes e fugitivos da polícia.
Na construção da nova cerca, entregue em dezembro de 2019, foram investidos R$ 849 mil, a fim de garantir a preservação da Unidade de Conservação da Natureza localizada na capital potiguar. “O papel do Idema está diretamente relacionado com a sensibilização das pessoas. O poder público fez o seu dever de efetivar a segurança do local, mas, com estas ações de depredação ao patrimônio e invasões na área do Parque, todos perdem”, destacou o diretor geral do órgão ambiental, Leon Aguiar.
As constantes invasões ocasionaram diversos impactos negativos ao ambiente. Lixo, árvores pichadas e focos de incêndio já foram encontrados em certos pontos. “No momento em que um grupo adentra o Parque sem autorização está desrespeitando a legislação, causando uma série de impactos à Unidade de Conservação. As invasões tem vários impactos negativos. Observamos árvores e placas pichadas, uma grande quantidade de lixo e focos de incêndio. Tudo isso reflete nos processos erosivos e acaba comprometendo a saúde do solo. Além disso, os animais se afugentam a medida que as pessoas modificam o habitat deles. São questões sérias que refletem na saúde dos animais, na qualidade das plantas, solo e ar”, destaca a gestora do Parque das Dunas, Mary Sorage.
Além dos impactos ambientais causados pela utilização indevida do Parque, a preocupação com a segurança da população é destacada pelo Comandante da Companhia Independente de Proteção Ambiental (CIPAM), Major Alexsandro de Oliveira Soares. “A utilização de trilhas clandestinas é fator gerador de diversos riscos causados ao meio ambiente e para a segurança pessoal, tais como ataques de animais silvestres, picadas de serpentes, ataques de cães asselvajados, os quais circulam em matilhas pelo parque, bem como a possibilidade das pessoas se desorientarem e se perderem na mata, além de serem alvo de ações delituosas”, ressalta.