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Intervenção resgatará condições naturais da Ponta Negra de 1990, diz secretário

FOTO: JOSÉ ALDENIR

Secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita disse que a obra de engorda da praia de Ponta Negra e o reordenamento da orla buscam recuperar as condições naturais do ambiente, similares às da década de 1990, sem alterar o equilíbrio ambiental. “Costumo dizer que essa é uma intervenção humana extremamente positiva, pois retorna às condições naturais do local, como era Ponta Negra nos anos 1990 e 2000”, explicou. A Prefeitura iniciou a operação de fiscalização do ordenamento da praia de Ponta Negra no domingo 1º, seguindo até 5 de março.

Com a liberação de trechos da faixa de areia, o espaço tem sido mais utilizado pela população para práticas esportivas e lazer, além de receber a atuação de comerciantes locais. No entanto, Thiago Mesquita reforçou que o ordenamento da área é essencial para evitar a saturação da capacidade de suporte ambiental.

“Estamos com uma grande operação coordenada por várias secretarias, incluindo Semurb, Guarda Municipal, STTU, Urbana e Secretaria de Turismo, para garantir o equilíbrio entre uso comercial, balneabilidade e recreação”, afirmou ele, em entrevista nesta segunda-feira 2 ao Balanço Geral Manhã, da TV Tropical.

Os serviços já alcançaram 70% de execução, conforme o titular da pasta. A obra da engorda é, na prática, um aterro hidráulico que, quando finalizado, proporcionará à praia de Ponta Negra e uma parte da Via Costeira uma faixa de areia aumentada em até 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré alta, em todo os 4 km de extensão da engorda.

Conforme a gestão municipal, o objetivo é ampliar a proteção contra a erosão costeira, promover a preservação de habitats naturais, assim como a manutenção de áreas recreativas e turísticas, além da proteção de propriedades costeiras contra danos causados por chuvas intensas.

A perspectiva, segundo Thiago Mesquita, é concluir as obras do aterro hidráulico até 31 de dezembro deste ano. “É claro que pode existir a possibilidade de entrar alguns dias no mês de janeiro, mas estamos trabalhando com afinco, junto com a empresa DTA Engenharia [que executa o serviço], para alcançarmos esse objetivo até o final do ano”, disse.

Obra da engorda é um aterro hidráulico que, quando finalizado, proporcionará à praia uma faixa de areia aumentada / Foto: José Aldenir – Agora RN
A gestão municipal intensificou o processo de reordenamento na praia, envolvendo o cadastro de cerca de 600 trabalhadores, zoneamento de atividades e fiscalização. “São esses trabalhadores que receberam um colete e também um crachá com QR Code, e só eles estão aptos a atuar ali, uma vez que estejam uniformizados, identificados pelo município. Isso seria suficiente para garantir ali uma salubridade, tanto para quem trabalha, quanto para quem frequenta, organizando”, disse.

Além da identificação dos comerciantes, a Prefeitura realizou o zoneamento dos quatro quilômetros da praia, definindo áreas específicas para diversas atividades. “Dividimos os quatro quilômetros da praia e mapeamos onde vai ter área somente para essas atividades comerciais, onde vai ter área para esportes náuticos, onde vai ter área para esportes na própria areia, como beach tênis e futebol, e onde vai ter os locais para que a pessoa possa levar a sua cadeira, a sua sombrinha, e ficar bem à vontade para usufruir da praia”, detalhou Thiago Mesquita.

O número de comerciantes autorizados será mantido e não haverá expansão, conforme ressaltou o secretário. “Esse número obrigatoriamente vai permanecer. Inclusive, a gente vai pedir muita colaboração dessas pessoas que foram cadastradas, lembrando que elas só podem trabalhar se estiverem devidamente identificadas. Por isso o município, gratuitamente, ofereceu um crachá e um colete, dividido ali em quatro categorias, cada colete com uma cor que identifica o tipo de atividade comercial daquela pessoa”.

Agora RN

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