Os integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que invadiram um imóvel localizado na avenida Deodoro da Fonseca, em Petrópolis, receberem doações de alimentos e novos colchões da Prefeitura de Natal.
Conforme reportagem da TRIBUNA DO NORTE, mais de dois meses após o MLB ter liderado a invasão ao terreno de propriedade da empresa Poti Incorporações Imobiliárias Ltda, a retirada dos invasores segue indefinida, mesmo com a decisão judicial que determina a retirada forçada desde o dia 20 de fevereiro.
O terreno, na Avenida Deodoro da Fonseca, foi invadido desde a madrugada do dia 29 de janeiro. No dia 5 de fevereiro o juiz determinou prazo de 15 dias corridos para desocupação voluntária, sob pena de cumprimento no modo forçado. O dia 20 de fevereiro foi então a data final para a saída dos invasores.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTAS), informou à TRIBUNA DO NORTE, na tarde desta sexta-feira (12), que a iniciativa faz parte de um conjunto de medidas humanitárias visando atender à população, incluindo famílias das ocupações Palmares, no Bairro das Rocas, e Emanuel Bezerra, atingidas pelas chuvas, que caíram na capital potiguar em novembro do ano passado.
Conforme trecho da nota, “diante da magnitude dos danos, o município de Natal declarou estado de calamidade pública, buscando assistência e recursos adicionais do governo federal, resultando na aprovação desses recursos para auxiliar na recuperação e na prestação de ajuda humanitária às famílias afetadas. A Semtas como secretaria responsável pelo atendimento de pessoas vítimas de calamidades e vulnerabilidade social, tornou-se responsável por organizar e gerenciar a entrega dos kits humanitários, visando amenizar as perdas materiais e de alimentos enfrentadas pelas comunidades atingidas”, diz.
Conforme reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a Prefeitura de Natal gastou R$ 500 mil com galpão para o MLB. Apesar da invasão ao imóvel privado, o movimento continua ocupando o galpão alugado, onde estão os barracos e pertences das famílias, bem como alguns militantes que vigiam o local.
A Prefeitura de Natal gastou R$ 40.358 nos últimos dois meses, enquanto ambos os imóveis eram usados concomitantemente pelo movimento. O aluguel do galpão é o cumprimento da parte da Prefeitura no caso das famílias da Ocupação Emmanuel Bezerra que deixaram o prédio da antiga Faculdade de Direito da UFRN em 2020. Na ocasião, eles foram deslocados para o galpão na Ribeira, com aluguel pago pelos cofres públicos. Os valores foram informados pela Secretaria Municipal de Habitação.
Tribuna do Norte