A Inter TV Cabugi iniciou os testes do novo sistema que promete automatizar o switcher, local onde controla os telejornais ao vivo, mas o sistema não anda agradando os profissionais e gera polêmicas. O problema é que os jornalistas terão mais trabalho na hora de editar o jornal, o que não agradou nada a redação da emissora que hoje trabalha com o mínimo de pessoal.
Os jornalistas reclamam ainda, que serão obrigados a exercer funções de radialista, um vez que são eles quem irão digitar os GCs, – que são aquelas frases de informações e créditos de repórteres e entrevistados que aparecem na tela durante as reportagens – nesse mesmo sistema vão ter que detalhar qual câmera os apresentadores irão ler as chamadas das matérias ou entradas ao vivo de repórteres, função que deve ser realizada por um radialista diretor de imagens.
Tudo fica mais “burocratizado” ou “difícil” para por no ar, seja reportagens ou entradas ao vivo de factuais. Alguns jornalistas já estão batendo o pé dizendo “que não vão trabalhar desse forma”, e temem que os telejornais fiquem mais frios e engessados, perdendo mais audiência para a sua principal concorrente, a TV Ponta Negra, até apresentadoras importantes já falam em pedir demissão.
A reclamação é geral, o tal novo sistema ultra revolucionário não atenderia a demanda rápida e improvisada dos telejornais da Inter TV Cabugi, os comentários no rádio-corredor são que “os gestores da emissora não sabem fazer televisão, por isso ficam brincando de fazer TV“. Cansados de explorações os profissionais cogitam pedir ajuda à direção de afiliadas da Rede Globo, implorando uma intervenção, já que a Inter TV Cabugi é sediada numa capital, tornando-se uma praça importante para a rede. A empresa portuguesa wTVision é a responsável por esse sistema.
Todo esse cenário está acontecendo sem a presença do diretor de jornalismo Marcelo Vicioli, que está de férias, está tudo saindo do controle sem o “poderoso chefão por perto”.