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Imagens: PM é preso após tiros de fuzil e confusão em enterro de jovem morto pela polícia

EM NOTA, O BATALHÃO INFORMOU QUE O PM FOI PRESO EM FLAGRANTE E QUE SERÁ ACOMPANHADO PELO SETOR DE PSICOLOGIA. FOTO: MARCELO THEOBALD / Agência O GLOBO

Mais de duzentas pessoas acompanharam o enterro de Kelvin Gomes, 17 anos, no Cemitério de Irajá, na tarde dessa sexta-feira, 11. O rapaz morreu no fim da noite da última quinta-feira, 10, após ser vítima de uma bala perdida em uma operação policial que ocorreu na comunidade Para-Pedro, também em Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Veja relato do pai de Kelvin

Após o fim do enterro o clima já era de tensão. No entorno do cemitério, cerca de 10 viaturas do 41º Batalhão (Irajá) reforçavam a segurança. Ao fim do sepultamento, entre os familiares e amigos as palavras ditas eram de dor e revolta. Um cortejo com 100 pessoas deixou o local em direção à Avenida Monsenhor Félix. Lá o grupo chegou até a rua e fechou o trânsito.

Poucos minutos depois, o cortejo disparava palavras de ordens contra a Polícia Militar e também contra o governador Wilson Witzel. Eles foram em direção à entrada da favela Pára-Pedro, onde Kelvin morava e foi morto. Foi então que parte do grupo tentou parar um ônibus e foi impedido por um dos policias militares que acompanhavam o protesto. Um tiro foi ouvido nesse momento, mas não foi possível identificar quem fez o disparo.

O coletivo conseguiu seguir viagem. Pouco depois, iniciou-se a discussão entre os PMs e os moradores. Cerca de quatro policiais se afastaram da multidão, enquanto um deles, visivelmente nervoso, continuava a bater boca, sempre com o fuzil apontado para a multidão.

Leia a nota divulgada pela Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, na tarde desta sexta-feira (11/10), equipes do 41º BPM (Irajá), por medida de segurança, acompanhavam o sepultamento do jovem Kelvin no cemitério de Irajá.

Após o enterro, um grupo que participava do cortejo obstruiu a via e depredou um ônibus que passava pela Avenida Monsenhor Felix. Policiais intervieram e resgataram o motorista do ônibus. Houve um princípio de tumulto, momento em que um dos policiais se descontrolou e realizou disparos de arma de fogo. O militar foi preso em flagrante e encaminhado à 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). Ele será avaliado e acompanhado pelo setor de psicologia.

O comando da Polícia Militar reitera que a conduta do policial não é condizente com os protocolos de atuação instruídos e empregados pela Corporação. A PMERJ reafirma ainda o seu compromisso em não tolerar ações descabidas de seus integrantes, punindo com rigor os envolvidos em tais incidentes.

Os vídeos que circulam nas redes sociais estão sendo analisados e serão utilizados na apuração da Corregedoria.

Com informações: O Dia

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