Uma idosa de 72 anos que testou positivo para o novo coronavírus morreu no último sábado (2) após passar mais de 24 horas sem acesso a um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em Ipanguaçu, na região Oeste potiguar. De acordo com a secretaria de Saúde, o município não tem equipamento do tipo e tentou transferir a paciente para um leito de alta complexidade em Mossoró – maior cidade da região – ainda na sexta-feira (1º), quando ela deu entrada em uma unidade de saúde do município. Não havia vaga disponível.
A secretaria municipal de Mossoró, responsável pela regulação dos leitos de UTI, afirmou ao G1 que na ocasião faltavam leitos de UTI no Hospital Regional Tarcísio Maia (que pertence ao estado) e no Hospital São Luiz (cujos leitos foram abertos em parceria do município, estado e uma entidade privada).
“No dia do pedido, todos os leitos estavam ocupados. O Hospital São Luiz estava abrindo na cidade e, naquele momento, estava com os leitos regulados para pessoas de Mossoró e Região. A transferência da paciente não foi possível para o Hospital Regional Tarcísio Maia porque dos 10 leitos de UTI que foram abertos pelo governo do Estado, com ajuda de empresários locais, 7 estavam ocupados e 3 fechados por falta de insumos”, informou a pasta.
Em nota, porém, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que “na madrugada do sábado, o hospital São Luiz estava com 20 leitos clínicos e 10 de UTI em funcionamento e não estavam todos ocupados”.
Além de gerenciar os leitos por disponibilidade, Mossoró também gerencia as filas de leitos. Quando, em algum momento, a oferta está menor que a demanda, ocorre fila de espera. Nesse caso, a prioridade de atendimento é determinada pela classificação de risco do paciente.
G1RN