A notícia sobre a possível construção do presídio na cidade do Assú (RN), veiculada nos meios de comunicação do Rio Grande do Norte, provocou revolta e indignação junto aos habitantes daquele município, e ganhou destaque nas redes sociais. O presídio terá capacidade para 600 detentos.
No entanto, a população e a classe política local reagiram contra a ideia e iniciaam nas redes sócias a campanha “Digo NÃO ao presídio em Assú”, que rapidamente teve repercussão na internet.
Segundo o Blog Assú Notícias, o deputado estadual George e o prefeito Gustavo Soares já se pronunciaram sobre o assunto e ambos disseram não aceitar a construção do presídio na cidade.
“Externo o meu repúdio a essa indicação do município para receber a unidade. A população de Assu foi pega de surpresa com o anúncio da construção de um novo presídio na cidade. É um presente de grego”, disse George Soares.
O deputado questionou a análise da Comissão do Plano Diretor do Sistema Penitenciário Estadual que apontou o município de Assu como o mais apropriado para sediar o presídio. “As terras de Assu não servem para a construção de penitenciárias, elas são boas para a agricultura. Trata-se de um equívoco do governo o anúncio dessa obra”, falou ele.
De acordo com o deputado, o município já foi penalizado com a construção do presidio federal em Mossoró, que para ele contribui para o aumento dos índices de criminalidade em Assu por serem cidades vizinhas. Contrário ao anúncio do governo, George fez apelos por outros investimentos no município.
“Somos contra a construção desse presídio em Assu. Queremos receber outros benefícios. Aqueles que foram prometidos durante as eleições estaduais, tais como o ITEP, o pleno funcionamento da delegacia regional, reestruturação do hospital, reforma de escolas como a José Correia, o canal do Piató, apoio ao São João e à Casa da Cultura”, cobrou o parlamentar.
Durante o pronunciamento, George Soares questionou ainda a nomeação do ex-prefeito de Assu, Ivan Júnior, para dirigir a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). “Trata-se de um acordo político antigo para a construção do presídio em Assu”, concluiu.