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Hospital Rio Grande debate com Sesap retomada de transplantes de fígado no RN

FOTO: JOSÉ ALDENIR

O Hospital Rio Grande participa a partir desta quarta-feira 20 de um grupo de estudo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para debater a retomada de transplantes de fígado no estado. O último transplante deste órgão foi feito no Rio Grande do Norte em 2013, há 10 anos.

“Foi um chamamento feito pelo Governo do Estado para avaliar a possibilidade de ter transplante hepático no RN. A insuficiência hepática tem alguns graus que só podem ser tratados com transplante. Então nós vamos emprestar a expertise que temos nas nossas outras áreas de transplante e vamos discutir com Lyane Ramalho a possibilidade do hospital passar a atuar nessa área”, disse o diretor geral do Rio Grande Luiz Roberto Fonseca.

Hoje, todos os fígados que são captados através da Sesap são para pacientes de outros estados ou o paciente potiguar precisa ser transferido para estados vizinhos. “Vamos levantar as dificuldades, quais são os equipamentos e profissionais necessários. É o mais difícil de todos os transplantes, junto com o de pulmão, é trabalhoso, custoso, exige cuidado e acompanhamento de perto”, pontuou.

De acordo com Luiz Roberto Fonseca, o debate com a Sesap levará em consideração todas as demandas, ponderando os custos operacionais. “Não adianta começar de forma heroica e depois descobrir que não consegue manter”, frisou.

Em agosto deste ano, a coordenadora da Central de Transplantes do RN Rogéria Nunes disse à imprensa que o transplante de fígado é “realmente uma demanda reprimida”. Questionada, a Sesap informou à época que são vários os fatores que impedem a realização de transplante do órgão. “É um transplante muito difícil de ser feito, difícil de ter equipe qualificada”. A pasta disse ainda que existe a intenção de retomar os procedimentos, mas que é um “percurso longo até lá”.

O Rio Grande é o único hospital do estado que realiza transplantes de coração e medula óssea, através do Sistema Único de Saúde (SUS). “Os transplantes de coração são parte do passo mais significativo de 2023, foram seis realizados ao longo do ano. Isso entrou na ordem do dia, eram pacientes que ficam em uma fila sem perspectiva. Precisa ter o doador, a sensibilidade da família, tem que ter a equipe pronta para fazer a captação e o transplante, e todo o tratamento que a equipe multidisciplinar fornece ao paciente depois do transplante. O RN pode se orgulhar, hoje não há mais fila de espera pelo órgão em nosso estado”.

Agora RN

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