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Homem preso por ameaças homofóbicas em condomínio de Natal jogou fezes e urina durante ofensas, diz vítima

FOTO: DIÊGO SALES

Moradora do mesmo condomínio em que um homem foi preso por ameaças homofóbicas contra outros residentes, Maria Cosmo contou os detalhes dos crimes cometidos pelo agressor durante entrevista ao programa Manhã da Pan, da Jovem Pan Natal, nesta terça-feira (23). Segundo ela, as agressões duraram quatro anos e, entre elas. envolveram o uso de fezes e urina.

Segundo Maria Cosmo, o agressor iniciou um comportamento hostil logo após se mudar, direcionando ofensas a ela e a outras moradoras que possuíam relações homoafetivas. “Ele começou me chamando de ‘sapatão’ e incomodava o funcionário do condomínio porque eu exercia algumas funções de liderança, como decisões sobre manutenção e cuidados gerais do espaço”, relatou.

Ao longo do tempo, as agressões foram se intensificando, chegando a perseguições dentro do condomínio e atos de vandalismo, como a depredação de áreas comuns. O ponto crítico ocorreu quando o agressor chegou a lançar bombas caseiras na garagem e em áreas próximas a Maria, colocando em risco a integridade dos moradores. Ele também chegou a jogar fezes e urina na varanda da vítima.

Cuidados

O caso, ocorrido em agosto, evidencia a importância da atuação de síndicos e administradoras na proteção de moradores e na manutenção da coletividade nos condomínios.

De acordo com Itana Brandão, CEO da Compacta Administradora, a ação rápida do síndico é essencial nesses casos.

“O síndico precisa agir imediatamente, aplicando advertências e notificações formais, registrando todas as infrações. Esses registros são fundamentais para que o advogado possa levar a questão à assembleia e formalizar a expulsão do morador antissocial”, explicou.

O caso de Maria Cosmo culminou na classificação do agressor como morador antissocial, com aprovação da assembleia do condomínio, resultando na perda da propriedade do indivíduo. Além disso, ele foi preso em razão da homofobia e dos transtornos causados a outros moradores.

“Foi uma situação inédita, mas demonstra que, quando há registros formais e atuação da coletividade, a lei funciona”, disse Itana.

Portal 98 FM

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