Nas contagem regressiva para a eleição de outubro próximo, a expedição e divulgação maciça de um mandato de prisão contra o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PSB), por conta de uma dívida de pensão alimentícia, de valor impagável e reivindicada por sua ex-mulher, a socialite Priscila Gimenez, tem o “jeitão” de oportunismo eleitoral.
O ex-ministro, aliás, não pode ser preso em virtude da legislação eleitoral, que impede a prisão de candidatos, exceto em caso de flagrante.
Henrique Alves, que vive atualmente uma realidade econômica que não tem qualquer parâmetro de comparação com o seu passado distante, enfrenta com dificuldades uma campanha eleitoral, mas vislumbrando a vitória, graças ao apoio da “nação bacurau” e de prefeitos que ainda hoje reconhecem o trabalho que ele desenvolveu em favor do estado ao longo de vida pública.
Na verdade, Henrique não é réu.
É vítima.
Vítima da usura, da ganância e de uma estratégia de usar um processo judicial e a própria justiça apenas com o nítido objetivo de desgastar eleitoralmente a imagem do legítimo herdeiro político do aluizismo e da cor verde dos bacuraus puros de origem.
O jornalista Gustavo Negreiros escreveu em seu blog que Henrique Alves sempre foi um bom pai, mas que talvez tenha pecado por excesso por sempre ter buscado o melhor para seus filhos.
Faz sentido. A pensão alimentícia está em dia.
Mas, Henrique não é de se abater facilmente.
Se veste de verde, vai às praças públicas e é recebido com festa por onde passa.
Foi assim que aconteceu nesta segunda-feira, 19, em Afonso Bezerra, onde foi acolhido pela população com lenços, galhos e roupa verdes.
A paixão pelo “bacurau de verdade”, como é chamado por seus eleitores, se espalha em todos os municípios, e não apenas na microrregião de Angicos, terra de Aluízio Alves.
O processo, o pedido de prisão e a ganância por dinheiro faz parte do “modus Operandi” de quem acha que os fins justificam os meios. Enquanto cães ladram, Henrique segue com a sua caravana da esperança em busca da vitória.