O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, durante reunião ministerial, que o governo faz “o que quer” com a Caixa Econômica Federal e o BNDES, no entanto, o mesmo não acontece com o Banco do Brasil. “O BNDES e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer. Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa porra logo”, disse.
O vídeo da reunião foi divulgado às 17h desta sexta-feira (22), após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello.
“O Banco do Brasil não é tatu nem cobra. Porque ele não é privado, nem público. Então se for apertar o Rubem (Novaes, presidente do banco), coitado. Ele é super liberal, mas se apertar ele e falar: “bota o juro baixo”, ele: “não posso, senão a turma, os privados, meus minoritários, me apertam”. Aí se falar assim: “bota o juro alto”, ele: “não posso, porque senão o governo me aperta”. O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização”, discursou Paulo Guedes.
Parte da fala do ministro da Economia foi cortada por fazer referência à China. Ainda assim, Guedes afirma, em um dos trechos, que o país asiático “deveria financiar um Plano Marshall para ajudar todo mundo que foi atingido” pelo novo coronavírus. Epicentro original da covid-19, a China também é o principal parceiro comercial do País.
“Plano Marshall, por exemplo, os Estados Unidos podem fazer um Plano Marshall para nos ajudar. A China, (parte cortada por decisão do STF), deveria financiar um Plano Marshall para ajudar todo mundo que foi atingido. Então a primeira inadequação, a gente tem que tomar muito cuidado, é o seguinte, é o plano Pró-Brasil”, disse Guedes.
O ministro falou sobre o tema ao criticar integrantes do governo que apelidaram, nos bastidores, a ideia de um programa de investimentos públicos de Plano Marshall.
Meia Hora