A União Nacional dos Estudantes (UNE) confirmou a realização de greve geral da educação, com manifestações em diversas cidades do Brasil com atos marcados para esta quarta, 2 e quinta-feira, 3. De acordo com comunicado no site oficial da entidade, as principais pautas dos protestos são o posicionamento contra cortes na Educação, contra a privatização de universidades públicas e a garantia do pagamento de bolsas CNPq. Em Natal, a manifestação acontece nesta quarta, em frente ao Midway Mall.
Não só na capital potiguar como em todo o Rio Grande do Norte. De acordo com as redes sociais da UNE, o protesto em Natal está marcado para acontecer em frente ao shopping Midway Mall, às 15h.
O que diz a UNE?
O governo Bolsonaro nos elegeu como inimigos e por isso a educação tem sofrido vários ataques desde o começo do ano, motivos para lutar não faltam, destacamos além dos cortes de verbas da educação, o programa Future-se que nada mais é do que um mecanismo de privatização da rede federal de educação e a militarização das escolas que consiste em uma verdadeira ditadura que Bolsonaro quer aplicar na educação.
Mas nossas lutas não têm sido em vão. Levamos milhões de pessoas às ruas no mês de Maio, fizemos um grande ato em Brasília durante o congresso da UNE em Julho e nos mantivemos mobilizados com o 13 de agosto e o 7 de setembro. Mesmo diante da insistência de Bolsonaro em manter suas políticas de ajuste fiscal atacando os investimentos em educação e ciência pública, a mobilização precisa continuar.
É importante destacar que é papel também das nossas lutas impedir que esses ataques se aprofundem, pois a sanha do governo é de retirar ainda mais direitos. Vale lembrar que foi com a contribuição imensa da nossa pressão que o governo tem visto sua reprovação crescer e apoios políticos pulando fora do barco. Além disso, mesmo que parcialmente, é importante reafirmar o recuo do MEC ao devolver mais de 3 mil bolsas da CAPES. Além dos ataques à educação e ciência e tecnologia, a sanha do governo se demonstra no desmonte da previdência pública, no ataque a autonomia universitária desrespeitando os processos de consulta pública, das instituições para eleição de seus dirigentes, além de grave ataque a instituições públicas e ao meio ambiente. Uma verdadeira regressão social.
Tudo isso demonstra que o nosso percurso, mesmo que não seja tão breve, precisa estar permeado de mobilizações contínuas e de uma universidade viva e forte. Ainda temos centenas de milhares de estudantes, pós-graduandos, professores e trabalhadores nas universidades, nas salas de aulas e nas pesquisas a serem convencidos e que poderão estar ao nosso lado nessa luta¸ contra os cortes de verbas e o FUTURE-SE .
Assim como ainda temos também a tarefa fundamental de conquistar a maioria da população para a defesa da nossa educação e ciência, enfrentando a máquina de mentiras, agressões e ofensas coordenada pelo bolsonarismo para atentar contra a imagem de nossas universidades, institutos federais e escolas.
Precisamos criar um amplo movimento de defesa da educação e da ciência e tecnologia, que mobilize permanentemente todos esses setores, criando atividades que possam relacionar universitários, pós-graduandos e secundaristas, levando a universidade às escolas e as escolas às universidades. Articular a bandeira da defesa da liberdade de pensamento e expressão com a luta contra a censura, aproximando artistas para construção de festivais universitários e cientistas para exposições de caráter científico a toda população. Além de outras ações e atividades que aproximem a educação e a ciência cada vez mais da sociedade, afinal educação não se vende, se defende!
É nesse sentido que convocamos a todos e todas convoca a juntos fazerem uma Greve Geral da Educação nos dias 2 e 3 de Outubro, organizando passeatas, mas também brigadas da comunidade acadêmica que possam dialogar com a sociedade sobre as dificuldades que a universidade pública e os institutos federais e CEFET enfrentam , atividades fora dos muros das instituições e que possam agregar a sociedade em geral. Assim devemos continuar mobilizados adiante para defender a educação e a ciência brasileira voltada para o desenvolvimento nacional e a justiça social.
1 Comentário
Manda esses vagabundos trabalhar, quem tá cortando verba na educação é a governadora dessa laia de esquerdista vagabundo.