Funcionários do Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais (IPERN) estão em greve desde o dia dois de março e a categoria não pretende finalizar a paralisação se não houver acordo com o governo.
Entre as reivindicações está o pedido pelo concurso público para reposição do quadro de funcionários do órgão. A Coordenadora Geral do Sindiciato dos Servidores Públicos da Administração Indireta (SINAI), Zilta Nunes, fala da atual situação, segundo ela, o Ipern conta com 75 funcionários e 51 deles estão no tempo hábil para reivindicar a aposentadoria, causando uma redução significativa no funcionamento do instituto.
A defasagem do número de profissionais não seria um problema apenas do Ipern, Zilta informa que a “maioria dos órgãos estão com quadros reduzidos”. A coordenadora do Sinai defende que a contratação de novos servidores ajudaria a solucionar em parte o déficit de recursos da previdência do estado. “Teria que se preocupar antes com esse dado que é a realização de concurso público para abastecer a Previdência Pública”. Ela informa que atualmente há um servidor ativo para cada três inativos, proporcionando um déficit na arrecadação do Ipern.
Por isso, entre as reivindicações, os servidores consideram mais significativa a mobilização contra a proposta de Reforma da Previdência, considerada pelo sindicato inoportuna, “o envio da Reforma da Previdência vai transformar, causar danos muito pesados para os servidores inclusive a taxação aos inativos a partir do nível salarial de R$ 2.500”. Para eles, o governo deveria fazer o cálculo atuarial entre o número de ativos com os atuais e futuros aposentados para saber o impacto dessa relação na arrecadação do instituto.
A categoria está organizando um ato para a quarta-feira (11), a partir das 8 horas da manhã, em frente ao Ipern.
Portal da Tropical