Uma reforma liderada por Lula e Janja nos palácios presidenciais de Brasília custou R$ 26,8 milhões em 2023, e os gastos não devem se limitar a isso.
O número foi levantado pelo Estadão, que detalhou alguns dos gastos na compra de móveis, materiais e utensílios domésticos para Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, a Residência Oficial do Torto e o Palácio do Jaburu.
“No último dia 29 de novembro a Presidência da República publicou um edital para a aquisição de 13 tapetes de nylon e de sisal de fibra, sendo três para o Alvorada e 10 para o Planalto. O valor total estimado é de R$ 374.452,71. Os preços de cada tapete variam de R$ 736 a R$ 113.888,82. Os mais caros trata-se de itens inspirados em desenhos modernistas do arquiteto Burle Marx, com formato orgânico pensado a partir das linhas do espelho d’água do Palácio do Planalto e dimensões de 6,8 x 10,3 metros. Essas peças ficarão em áreas onde ocorrem eventos e cerimônias no Planalto”, registra o Estadão.
O Planalto diz que falta aos tapetes orientais usado hoje a “brasilidade” necessária. “Realizou-se uma pesquisa sobre as tipologias de materiais utilizados na produção de tapetes brasileiros, bem como sobre os locais e meios originários de fabricação das peças de tapeçaria no país objetivando uma maior integração visual entre os espaços do prédio”, diz a justificativa.
A Presidência diz que o tapete mais caro não se trata de item luxuoso — cuja compra seria proibida por decreto de 2021. Segundo a Secretaria de Comunicação (Secom), o item possui as características superiores justificadas, por causa da estrita atividade do órgão ou da entidade.
Também está previsto o gasto de R$ 156.154,77 para trocar os pisos da Granja do Torto, para “padronizar” o ambiente com materiais que tenham “maior durabilidade e que exijam uma baixa manutenção”.
Outros R$ 130.695,36 vão para um enxoval de lençóis e roupas de cama e de banho.
A Secom disse ao Estadão que as peças adquiridas respeitam os padrões e referências dos Palácios oficiais e destacou que “todas as peças passam a integrar o patrimônio da União e serão utilizadas pelos futuros chefes de Estado que lá residirem”.
Com informações de O Antagonista