O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), entregou, nesta sexta-feira (1º), na comunidade do Barbaço, em Brejinho, no Rio Grande do Norte, o primeiro dos 426 novos dessalinizadores que serão implantados na região semiárida do Brasil ainda em 2022.
O sistema entregue na cidade potiguar faz parte do Programa Água Doce e vai atender cerca de 250 pessoas com água de qualidade para consumo humano. No Rio Grande do Norte, o planejamento é entregar 67 sistemas até o fim deste ano.
Os dessalinizadores permitem o aproveitamento sustentável de poços abandonados no semiárido brasileiro em razão das águas subterrâneas salobras e salinas. Após o processo de dessalinização, a água se torna potável.
Esse foi primeiro sistema de dessalinização entregue da fase II do Programa Água Doce, que tem como diferença da fase I o fato de os contratos com as empresas prestadoras de serviço serem feitos diretamente pelo MDR, aumentando assim o controle por parte do Governo Federal da execução e da fiscalização dos acordos com cada município. Na fase I, os recursos eram repassados aos municípios, que eram os responsáveis por licitar, fazer o controle e fiscalizar as ações.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, participou da cerimônia de entrega do sistema. “Para quem é daqui do sertão do Nordeste, do Rio Grande do Norte, falar de água é sempre muito emocionante. O novo marco do saneamento tem a intenção de resolver o problema de 35 milhões de pessoas que não têm água. A meta é que, até 2033, 99% dos brasileiros tenham água tratada em suas torneiras”, destacou.
Os 67 dessalinizadores a serem instalados no Rio Grande do Norte vão atender cerca de 14 mil pessoas na zona rural do semiárido, com investimento de R$ 13,9 milhões. Para isso, foram celebrados acordos de cooperação técnica entre o MDR e 53 municípios potiguares, recebendo prioridade os que apresentam maiores dificuldades em relação ao acesso à água potável.
Além dos sistemas no Rio Grande do Norte, outros 359 dessalinizadores serão implantados até dezembro nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe, com um investimento estimado em R$ 122 milhões.
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