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Governo Fátima mente: não herdou 4 folhas atrasadas, só 1, diz deputado de oposição

FOTO: JOÃO GILBERTO

Um dia após a deputada estadual Isolda Dantas (PT) desenterrar o saque de R$ 1 bilhão da previdência aprovado pela Assembleia Legislativa do RN durante o governo Robinson Faria, o deputado José Dias (PL), aliado do ex-governador, fez pronunciamento em defesa do correligionário. Segundo ele, o governo de Fátima Bezerra (PT) “é mentiroso”. Ele desmente a tese do PT de que o governo Robinson deixou de herança quatro folhas salariais em atraso e negou a narrativa sobre o atraso nos pagamentos dos servidores.

“Se nós analisarmos a história desse governo, e que é uma história permanente de todos os populismos de esquerda — também populismo de direita, mas da esquerda porque é uma filosofia, é uma ideologia doentia —, é disfarçar, na palavra correta, mentir, assassinar a verdade. Todas as informações. Para se ter uma ideia, aqui se ouve a história de que, quando a professora Fátima, que nunca deu uma aula nem para um mosquito, recebeu, estava com quatro folhas atrasadas. Isso não é verdade”, disse.

Segundo José Dias, durante a gestão de Robinson Faria, as folhas salariais estavam em dia para a maioria dos servidores do RN e que o existia era um pequeno atraso que, somado, não representaria sequer uma folha inteira de salários. “As folhas nossas, eu disse já aqui na Assembleia, no Tribunal de Contas, no Tribunal de Justiça, Ministério Público e outras, estavam em dia”, afirmou.

Além de desmentir as alegações sobre o atraso de salários, o deputado também criticou a forma como o governo Fátima tem gerido as finanças do Estado. E afirmou que o governo se aproveita de uma narrativa “falsa” para justificar sua incapacidade de resolver problemas fiscais, como a falta de pagamento de dívidas e a crescente crise econômica no RN. “O que o governo quer é aumentar imposto para se apropriar e fazer o que sempre faz, que é distribuir com os apaniguados, aqueles que fazem a base política do poder”, disse.

O deputado também questionou a postura da gestão petista frente aos recursos recebidos pelo Estado, em comparação com o governo Robinson. “Em 2020, a governadora recebeu R$ 3,1 bilhões do governo Jair Bolsonaro. Em 2015, 2016 e 2017, Robinson não recebeu nada”, afirmou.

Estudos mostram situação fiscal vergonhosa
José Dias criticou a gestão fiscal do Estado, classificando-a como “vergonhosa”, se referindo ao estudo da Fecomércio, que colocou o RN como o último estado brasileiro em investimentos em áreas produtivas e sociais, ao mesmo tempo em que lidera o ranking de gastos com pessoal. A pesquisa, detalhada em audiência com entidades de classe, mostrou a grave situação fiscal que o RN enfrenta.

“Estamos aqui chovendo no molhado, com muita insistência, porque o assunto é muito sério. Nós estamos num estado falido. As estatísticas, e isso foi demonstrado muito claramente na audiência que nós tivemos com as entidades de classe, trabalhos técnicos muito bem-feitos por essas instituições, mostram a situação vergonhosa do Rio Grande do Norte no panorama do país e no panorama do próprio Nordeste”, afirmou.

O deputado criticou ainda a postura do governo, que, segundo ele, tem adotado uma estratégia falha ao focar no aumento de impostos como solução para a crise fiscal. “Não há nenhuma sinalização do governo para resolver esse problema. O que o governo quer é aumentar imposto para se apropriar e fazer o que sempre faz, que é distribuir com os apaniguados, aqueles que fazem a base política do poder”.

José Dias também fez uma acusação grave sobre a compra de respiradores por parte do governo estadual, sugerindo envolvimento com uma empresa que teria ligações com o tráfico de drogas. “Na região do consórcio da maconha, porque quem compra respirador de uma empresa que vende maconha só pode ser de maconha esse respirador. Então eu faço esse raciocínio”, disse.

Agora RN

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