No comando de um governo onde a falta de segurança pública faz diariamente vítimas na sociedade potiguar, o governador Robinson Faria caminha a passos largos para consagrar-se como o pior governante da história do Rio Grande do Norte, sucedendo no desonroso título a ex-governadora Rosaba Ciarlini, sua antecessora. O assassinato da publicitária Micaela Ferreira Avelino, 26 anos, formada em 2014 na UnP, e que adotou posteriormente a profissão de barbeira, expôs ainda mais a indignação da população com o governante potiguar, que vem sendo responsabilizado nas redes sociais pela tragédia ocorrida com a jovem profissional.
A tarde da última quinta-feira, 13, era o primeiro dia de trabalho de Micaela na barbearia localizada no Shopping Ayrton Senna em Nova Parnamirim. Foi em clima de comemoração pelo sonho alcançado que ela levou um tiro na cabeça, após ser feita de escudo humano durante um assalto a malotes de carro-forte.
“Mica”, como era chamada por seus amigos próximos, estava feliz com a conquista almejada e alcançada. Ela havia optado trocar a profissão de publicitária pela de barbeira, atividade que a fazia feliz, como a própria estampou em seu Instagran.
Micaela Ferreira Avelino havia feito, há menos de um mês, uma postagem em sua rede social, onde mostrava sua indignação com a segurança pública da cidade.
A exemplo das centenas de famílias potiguares que sofrem com a falta de segurança proporcionada pelo governo do Rio Grande do Norte, Micaela Ferreira também sentia-se insegura e reclamava da violência que tomou conta da cidade. Foi justamente com medo de assaltos que os donos da barbearia onde Micaela trabalhava mudaram-se para o novo endereço, achando que em um shopping estariam mais seguros.
REDES SOCIAIS
A repercussão do assassinato de Micaela Ferreira está gerando centenas de comentários de indignação nas redes sociais, tendo como alvo principal o governador Robinson Faria, apontado como responsável indireto pela tragédia.
Os comentários são os piores possíveis e vão desde pedidos para ele deixe o governo, como também sobre a inoperância da sua gestão.
Na última segunda-feira, 10, durante o evento que celebrou os 183 anos da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, o governador Robinson Faria reafirmou que pretende deixar um legado na segurança pública potiguar. Em um discurso que durou aproximadamente vinte minutos, ele foi categórico ao dizer que já vem cumprindo parte da promessa que fez ao longo da sua campanha em 2014 e destacou os investimentos realizados na área, na qual o Governo já destinou, segundo ele, 14,7% do orçamento geral.
O problema é que a retórica de Robinson Faria perdeu – e faz tempo – a credibilidade. No seu discurso, só ele próprio acredita, além dos assessores fingem acreditar.