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Governo do RN analisa alternativas à contratação de Hospital de Campanha

FOTO: ELISA ELSIE

As propostas recebidas pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) para operar o Hospital de Campanha na Arena das Dunas são “financeiramente inviáveis”. A afirmação é do secretário de saúde, Cipriano Maia, dada nesta quarta-feira, 15. Oficialmente, a estrutura não está descartada pela pasta e a expansão de leitos em hospitais da rede privada e em instituições filantrópicas como a Liga Norte-Riograndense contra o Câncer poderá ser viabilizada, além de parcerias com secretarias municipais da região metropolitana de Natal.

O custo de estruturação e operação do Hospital de Campanha projetado para ser erguido na Arena das Dunas foi estabelecido pela Sesap foi de R$ 37,1 milhões. Questionado sobre os valores apresentados nas sete propostas recebidas durante a licitação, Cipriano Maia afirmou que os detalhes estavam restritos à Comissão de Licitação, mas garantiu que os valores são “muito acima” do teto. Para um membro ligado à gestão da Sesap/RN, ouvido pela TRIBUNA DO NORTE sob garantia de sigilo, o empreendimento provisório tem “grandes chances” de não se concretizar.

Segundo Cipriano Maia, a secretaria avalia se “existem alternativas viáveis para ver se o hospital de campanha [na Arena das Dunas] se mantém”. A resposta deve ser dada nos próximos dias. Se o plano dessa unidade de saúde for abandonado, será o segundo anúncio do governo estadual de ampliação de leitos frustrado. O primeiro foi a tentativa de utilizar o prédio do antigo Hospital Papi, abandonada devido aos problemas estruturais identificados no local, cuja correção demandaria alguns meses.

Nesta quarta-feira, 15, novos planos de expansão de leitos, não anunciados antes, foram apresentados. Um é a contratação de leitos intensivos na rede privada de saúde; o outro, parcerias com secretarias de saúde de Parnamirim e São Gonçalo do Amarante, municípios da região metropolitana de Natal, para a abertura de hospitais provisórios em locais já existentes e não-utilizados. “Houve uma conversa prévia com hospitais privados e secretarias municipais para ver essa possibilidade de expandir leitos clínicos e intensivos”, garantiu o secretário Cipriano Maia.

“Estamos trabalhando nas alternativas mais viáveis, econômicas e com mais factibilidade. Tudo isso está limitado à quantidade de ofertas de respiradores no mercado. Temos também a expectativa de que o Ministério da Saúde aloque novas UTIs e de que o Rio Grande do Norte seja contemplado”, acrescentou o titular da Sesap/RN.

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