
Em reunião com a Câmara da Indústria e Comércio Brasil e Alemanha, na última sexta-feira (28), o Governo do Estado, na gestão da governadora Fátima Bezerra, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), apresentou o conceito de um projeto para a instalação de um Polo de Referência em Produção de Energia Limpa e Renovável do Rio Grande do Norte, que incluirá o desenvolvimento de parques eólicos offshore com a geração integrada de hidrogênio verde. Entre outras ações, o Polo será viabilizado através da construção de um porto-indústria com foco na produção de usinas eólicas offshore. O professor Mario Gonzales, coordenador dos estudos de viabilidade técnica do porto, também participou da reunião.
O encontro com o representante Ansgar Pinkowski aconteceu de forma virtual e foi solicitado pela equipe da Sedec, considerando que o governo da Alemanha vem desenvolvendo uma política de incentivo ao hidrogênio verde como alternativa para a descarbonização da sua matriz energética e o governo do RN busca parcerias para avançar no seu protagonismo em relação à geração de energias limpas no Brasil. “Nós temos a Alemanha como uma referência, não só na parte técnica, mas em muitos conceitos civilizatórios da social-democracia alemã, que para nós é um modelo no respeito às minorias, ao meio ambiente, e etc, portanto é uma referência em várias áreas”, ponderou o secretário de desenvolvimento econômico, Jaime Calado.
O Polo de Referência em Produção de Energia Limpa e Renovável do RN é mais uma iniciativa do governo do estado para expandir a produção de novas fontes renováveis, aproveitando as características favoráveis. O RN é líder nacional em potência instalada no setor eólico onshore (5GW) e cresce rapidamente no segmento solar. Com fator de capacidade média anual de 61% para a instalação de usinas eólicas offshore, o maior do Brasil, o estado possui potencial para geração de 140 GW em plantas eólicas no mar. O segmento é porta de entrada para a produção de hidrogênio verde, apontado como uma das soluções do futuro quando se trata de combustível limpo.
De acordo com Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético da Sedec, o custo da energia é um dos principais fatores a serem superados para a produção do hidrogênio verde. “Para diminuir o custo e viabilizar a fonte em escala industrial é necessário o desenvolvimento de grandes usinas. Entre elas, a eólica offshore se destaca como a melhor opção em relação a capacidade de geração e o compartilhamento da infraestrutura. Além disso, o estado possui infraestrutura de petróleo e gás offshore (plataformas, tubulação de gás, estações coletoras, etc) que poderá ser utilizada futuramente na produção de hidrogênio no mar” explicou o coordenador.

