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Governadores articulam anúncio de medidas conjuntas contra avanço da covid-19

OS CHEFES DOS EXECUTIVOS ESTADUAIS DISCUTEM UM “PACTO NACIONAL” PARA A ADOÇÃO SIMULTÂNEA DE INICIATIVAS. FOTO: DIVULGAÇÃO

Governadores articulam o anúncio conjunto de medidas restritivas contra o avanço da pandemia do novo coronavírus. O Brasil atravessa o pior momento da pandemia, com recordes diários de casos e mortes. Somou 1 milhão de novos diagnósticos em 17 dias. Foi o período mais curto em que o país acumulou essa quantidade de infectados.

Os chefes dos Executivos estaduais discutem um “pacto nacional” para a adoção simultânea de iniciativas para o isolamento social e a formação de um consórcio para conduzir a negociação de compra de vacinas contra a covid-19. O grupo também cogita estabelecer diálogo direto com organismo internacionais, como a OMS (Organização Mundial da Saúde).

O coordenador do Fórum Nacional dos Governadores, Wellington Dias (PT), do Piauí, falou sobre a importância de ações articuladas e disse que as restrições nacionais serão uma “experiência”.

“Não adianta o meu Estado fazer e outro não fazer. Isso é o que chamei de ‘enxugar gelo’, ou seja, a transmissibilidade tem que ser cortada nacionalmente”, afirmou o governador piauiense em entrevista à GloboNews nesse domingo (7.mar.2021).

“É claro que o ideal é como fazem outros países, o poder central estar fazendo isso. Os Estados Unidos não faziam na época do Trump, mas estão fazendo agora com o Joe Biden”, declarou.

Não há confirmação sobre o número de governadores que farão parte do anúncio conjunto das novas medidas para a contenção da pandemia. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), disse que as ações ainda não foram definidas. Uma das prioritárias, segundo ele, é atuar na compra de vacinas.

“Até o momento, a ideia consensual dos governadores é comprar vacinas e entregá-las ao PNI (Plano Nacional de Imunização). Mas é claro que isso pode ser revisto. O governo federal não tem consistência”, afirmou ao jornal O Globo desta 2ª feira (8.mar).

Na manhã desta 2ª, Wellington Dias e Cláudio Castro (PSC), governador do Rio de Janeiro, devem se reunir com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

No encontro será debatido o cronograma apresentado pelo Ministério da Saúde para compra e produção de vacinas. No sábado (6.mar.2021), a pasta divulgou um novo cronograma de entrega de imunizantes. A nova previsão mostra que o total de doses esperadas para março foi revisado: caiu de 38,1 milhões para 30 milhões. Eis a íntegra (39 KB).

A mudança se deve ao fato de o ministério ter alterado a expectativa de recebimento das doses da Covaxin, vacina indiana que comprou da Precisa Medicamentos. A pasta esperava ter 8 milhões de doses em março, 8 milhões em abril e 4 milhões em maio –totalizando as 20 milhões de unidades compradas.

Poder 360

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