No que depender da Gol Linhas Aéreas, nenhum passageiro ficará irritado com a demora da Uber para aceitar corridas até o aeroporto. Isso porque a companhia – junto ao Grupo Comporte, que pertence à família Constantino – fechou acordo de intenção para receber 250 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL). Se tudo der certo, o plano será colocado em prática na metade de 2025.
Tudo bem que o Vertical VA-X4 eVTOL está em processo de certificação dos órgãos reguladores. Só que o modelo britânico foi escolhido justamente por estar mais avançado neste processo. E olha que parece tecnologia do futuro: o equipamento elétrico tem alcance de 160 km e velocidade máxima de 320 km/h. Para desespero dos helicópteros, também produz 100 vezes menos ruídos nos voos de cruzeiro.
“Para quem está no chão, o barulho do eVTOL é praticamente o mesmo de uma geladeira na cozinha. E, por conta da tecnologia, quase não precisa de manutenção e reduz os custos de operação em 80%”, diz Felipe Campos, Chefe Técnico da Avolon, empresa irlandesa que fornecerá as aeronaves à Gol. Por isso, não é exagero dizer que a companhia quer substituir (e democratizar) o serviço dos helicópteros.
Com capacidade para apenas quatro passageiros, além de um piloto, o Vertical VA-X4 eVTOL não serve para os planos de regionalização e capilarização da malha aérea. Em vez disso, a ideia é transportar os passageiros desde grandes centros urbanos até os aeroportos – e vice-versa. Mas a própria Gol admite que novas frentes de negócio poderão surgir, como transporte de encomendas e aeromédicos.
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