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Fruticultura potiguar conquista mercado chinês e promete gerar mais 10 mil empregos

O AUMENTO NO POTENCIAL DE EXPORTAÇÃO DEVE REFORÇAR A POSIÇÃO DE LIDERANÇA DO RN NO SEGUIMENTO

A nova política de desenvolvimento econômico e a aproximação do Governo do Estado com a China já rendem frutos. Após anos de negociações, o setor de fruticultura conseguiu fechar um acordo para abertura do mercado chinês à produção de melão potiguar. O aumento no potencial de exportação deve reforçar ainda mais a posição de liderança do Rio Grande do Norte no segmento, gerando mais empregos e renda.

O acordo para a exportação foi assinado no país asiático na madrugada desta quarta-feira, 23. A expectativa do setor é de que o potencial do mercado resulte na geração de 10 mil novos empregos diretos no Rio Grande do Norte nos próximos três anos.

A notícia foi celebrada pela governadora Fátima Bezerra em encontro com o assessor institucional da Agrícola Famosa, Fred Escóssia. A Famosa é uma das 16 empresas que integram o Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex-RN). “O incentivo e a segurança jurídica dados pelo Governo, dentro da política de desenvolvimento que estamos aplicando, já estão dando resultado. A abertura do mercado chinês é uma janela de grandes oportunidades para a fruticultura do nosso estado, por isso temos que comemorar a assinatura do acordo”, disse a governadora.

Os primeiros contêineres com frutas produzidas no RN devem ser enviados à China a partir de fevereiro, consolidando a exportação plena a partir da safra 2020-2021. “Reconhecemos o comprometimento do Governo em atuar para o desenvolvimento da fruticultura e melhorar o ambiente de negócios”, destacou Fred.

Em julho deste ano, uma missão formada por diplomatas e empresários chineses visitou as plantações de melão no Oeste Potiguar. A visita foi articulada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), junto à embaixada chinesa no Recife-PE para aproximar as relações e buscar novos negócios.

O secretário Jaime Calado considera que esta é uma conquista que resulta de um trabalho bem articulado do Governo do Estado. “A maneira como recebeu todo o pessoal, que encaminhou, as medidas que tem tomado, todas no sentido de criar um ambiente favorável aos negócios, isso são fatores que se somam e que dá essa vitória”, disse. Para o secretário, “o papel da governadora, e do Governo como um todo, tem sido decisivo”

A Agrícola Famosa possui 30 mil hectares de área total e cerca de 10 mil hectares de área produtiva, dos quais 70% estão localizados em território potiguar e 30% em área cearense. Para o proprietário Luiz Roberto Barcelos, esta é a oportunidade perfeita para atingir o grande objetivo de exportar seu produto para a china.

A empresa produz 7 tipos diferentes de melão, cuja cultura é favorecida pela proximidade com a Linha do Equador, o que possibilita um clima ideal para este tipo de produção. Além disso, o solo arenoso permite controlar a quantidade adequada de nutrientes na terra.

Aproximação com a China

A Cônsul Geral da República Popular da China no Brasil, Yan Yuqing, visitou a Agrícola Famosa em julho, quando veio ao Rio Grande do Norte trazendo uma comitiva para avaliar as potencialidades e buscar possíveis investimentos para o estado. À época, o proprietário da empresa Luís Barcelos informou que tentava a pelo menos 5 anos incorporar a China ao seu portfólio de exportações. “Em dois anos, poderíamos exportar duas vezes a quantidade de melão que exportamos hoje”, justificou o empresário, que já comercializa seu produto para países como Inglaterra, Holanda, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Chile e Argentina.

A aproximação com a China partiu da Secretaria de Estado Desenvolvimento Econômico. O titular da pasta, Jaime Calado, esteve com sua equipe duas vezes no consulado chinês em Recife abordando as potencialidades do Rio Grande do Norte. Durante a passagem dos chineses no estado, foi realizada uma rodada de negócios onde foram discutidas áreas de interesse comum entre os países: energias renováveis, agricultura, indústria, transporte, infraestrutura urbana, entre outras.

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