Na corrida contra o tempo para colocar tudo nos eixos até a estreia na Série C do Brasileiro, marcada para o próximo dia 21, contra a Ferroviária, em São Paulo. A diretoria do ABC está acertando com Francisco Diá para ser o analista de mercado do alvinegro. Após a campanha pífia no Estadual, a meta é realizar uma modificação profunda no elenco, já que a única meta que resta ao clube na temporada é lutar pelo acesso para Série B de 2025.
Apesar de não ter definido ainda o nome do profissional que irá cuidar das contratações, o clube vai anunciando a confirmações de alguns reforços de forma lenta a paulatina. O último a ter o nome confirmado foi o lateral-direita Felipe Albuquerque, formado nas bases do Grêmio-RS e que teve passagens por Ponte Preta/SP, Novorizontino/SP e a Chapecoense/SC. O jogador já está integrado ao elenco.
O nome de Diá surgiu como opção para ocupar o cargo de analista de mercado, depois que a negociação para trazer Gustavo Cartaxo de volta ao Alvinegro não prosperou. A função, geralmente, é desempenhada pelo executivo de futebol nos clubes que não possuem um departamento para ficar de olho no mercado.
O perfil de Francisco Diá casa bem com o atual momento abecedista, como treinador ele sempre conseguiu montar equipes competitivas com elencos baratos. Foi assim em 2020, quando ele assumiu o comando técnico do clube à convite do então presidente Fernando Suassuna. Ele foi campeão invicto e somou 46 pontos na classificação geral. Em 16 jogos, o Alvinegro conquistou 13 vitórias. O aproveitamento dele na competição chegou a 87,5%.
Sem avançar nas disputadas da Copa do Nordeste e na Copa do Brasil, ao contrário das duas últimas temporadas, quando conseguiu a injeção de dinheiro extra avançando na Copa do Brasil, os recursos para investimento do clube, na equipe que irá disputar a Série C, são bastante limitados.
Por enquanto o grande empenho da direção abecedista é formular logo um novo acordo com a Justiça Trabalhista para poder liberar os recursos retidos como garantia para pagamento dos acordos formulados entre o clube e seus ex-empregados. Essa questão está para ser resolvida em uma nova reunião na Caex.
O ABC tem retido algo perto dos R$ 6 milhões e pretende liberar até 90% desse valor para trabalhar a liberação de atletas que estão fora dos planos para disputa do Brasileirão e realizar as novas contratações. Enquanto o acordo não for chancelado, tudo irá continuar em compasso de espera.
Tribuna do Norte