Vez ou outra a inteligência artificial adotada pelas redes sociais causa alguns problemas — outrora mais sérios, outrora engraçados. Foi o caso do Facebook.
Nesta semana, uma foto de cebola foi notificada por quebrar as regras da rede social, que não permite que “produtos sejam divulgados com posições sexuais”.
A foto, publicada por uma fazenda canadense, no entanto, não tinha nada demais e era simplesmente… uma cebola.
O Facebook, em entrevista ao site CBC News, afirmou que a foto já voltou a ser veiculada na página da fazenda e que “o erro foi cometido pela tecnologia de moderação de IA, que automaticamente derruba qualquer conteúdo que contém nudez”.
Mas essa não foi a primeira (e nem a última) vez que a inteligência artificial da rede de Mark Zuckerberg pregou peças. Em 2018, a tecnologia derrubou um post que continha citações da Declaração da Independência por “conter discursos de ódio” — e o erro teve de ser consertado por moderadores humanos.
Mas, apesar do problema, o erro da IA do Facebook deu bons resultados para o vendedor de cebolas. Segundo a BBC, o gerente da loja Jackson McLean, afirmou que “vendemos mais nos últimos três dias do que nos últimos cinco anos”. McLean também adicionou o alimento a uma lista de “cebolas sexy” no site da companhia.
Quando é melhor ter humanos
O Facebook não é a única rede social que teve problemas com a inteligência artificial nos últimos anos. Recentemente, diversos vídeos estavam sendo excluídos do YouTube pela tecnologia adotada pelo site de vídeos, mesmo sem burlarem nenhuma regra de conteúdo. Por conta da pandemia, o braço do Google ensinou seus algoritmos a ter mais autonomia para excluir conteúdos que continham discurso de ódio, incitação de violência ou desinformação.
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