Após uma reunião de emergência nessa terça-feira, na Governadoria, entre a governadora Fátima Bezerra, o senador Jean Paul Prates e o prefeito da cidade de Patu, Rivelino Câmara, além de autoridades da Segurança Pública, uma força tarefa foi criada e já está atuando nesta quarta-feira no combate ao incêndio florestal que atinge uma área de densa vegetação no município do Oeste potiguar e ameaça patrimônio religioso do estado.
Pelo menos trinta bombeiros militares foram enviados para se juntar a outros 15 homens para combater as chamas. O foco da ação será o isolamento da Serra do Lima, em Patu, para evitar que fogo atinja o Santuário que fica no local e que é ponto de turismo religioso no estado.
Um posto de comando foi montado na cidade, liderado pelo comandante geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Monteiro Júnior, com o apoio da Defesa Civil e da Polícia Militar. O objetivo é acompanhar de perto e definir as melhores estratégias para conter as chamas.
De acordo com o comandante geral, a dificuldade da operação neste momento está no acesso aos focos do incêndio. “O maior desafio é o acesso, que é muito difícil. A topografia é uma variável que dificulta muito o combate, uma vez que o acesso é dificultoso e a gente tem que ir a pé realmente. As viaturas não chegam nos locais onde poderíamos dar um combate mais efetivo e temos que combater realmente no corpo a corpo”, explica.
No início da noite dessa terça-feira, o prefeito Rivelino Câmara disse que o fogo estava a cerca de 60 metros do Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, na Serra do Lima.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros explicou que o uso do helicóptero neste momento seria ineficaz, já que, segundo ele, a tentativa por terra é a alternativa mais correta para combater um incêndio florestal. “O apoio aéreo nesse momento seria ineficaz. Um helicóptero para fazer um combate do plano elevado com o equipamento que se usa seria ineficaz. O combate terrestre é a forma mais eficaz de combater o incêndio florestal nesse tipo de topografia”, frisou.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte – Emparn, apesar de ter chovido bem na região de Patu, nesta época do ano o período é seco, com umidade relativa baixa, em média 30%, e também com ventos mais fortes, o que favorece a ocorrência de queimadas. O Corpo de Bombeiros atua com utilização de pick ups, pois a região de serra dificulta a chegada de veículos de grande porte. A operação de combate ao fogo conta também com o auxílio de outros os órgãos públicos de segurança estadual e municipal, como Defesa Civil e da Polícia Militar.