A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que desenvolve a vacina contra a covid-19 em parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, planeja produzir 700 mil doses do imunizante por dia, afirmou a presidente da instituição, Nísia Trindade, à CNN no domingo (17.jan.2021).
Trindade disse que a Fiocruz trabalha tanto para fabricar como para importar o medicamento. “Desde o início, nosso trabalho foi de termos vacinas prontas”.
Em reunião extraordinária realizada no domingo (17.jan.2021), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial, em caráter experimental, da vacina.
O uso emergencial da CoronaVac, desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan, também foi aprovado.
O uso emergencial não permite que essas vacinas sejam comercializadas, mas apenas distribuídas na rede pública de saúde.
Sue Ann Costa Clemens, coordenadora dos ensaios clínicos da vacina da Oxford no Brasil, disse que os estudos demonstraram eficácia de 70% já após a aplicação da 1ª dose.
“A vacina demonstra uma eficácia de 70% com uma dose, e desde o início nós apostamos que essa era uma vacina de uma dose… Nos testes no Reino Unido, demos a 2ª dose com um intervalo maior, vacinamos com intervalos de até 12 semanas. Lá, mais de 8.000 pessoas entraram no grupo que recebeu a 2ª aplicação após mais de 8 semanas. Não tínhamos essa análise totalmente detalhada em novembro, para a 1ª publicação… Mas o estudo continua e, com a análise desses dados, já submetemos esse intervalo para aprovação no Reino Unido, onde isso consta na bula”, explicou Clemens ao jornal O Globo.
A vacina de Oxford já foi aprovada para uso no Reino Unido, na Índia, no México, no Marrocos, na Argentina, no Equador e em El Salvador. Mais de 1 milhão de doses já foram aplicadas.
Poder 360