O início de 2024 no Rio Grande do Norte revela uma realidade preocupante para aqueles que aguardam ansiosamente por doações de órgãos. Enquanto a fila de espera por alguns órgãos é consideravelmente extensa, em outros casos, ela se encontra zerada. Em meio a esse cenário, reforça-se a importância vital das doações para salvar vidas.
No momento, o estado realiza quatro tipos de transplantes: córnea, coração, medula óssea e rins. A situação atual da fila de espera apresenta números expressivos: 578 pessoas aguardam por córneas, 317 por rins, apenas 7 por medula óssea, e, surpreendentemente, nenhuma aguarda por um transplante de coração.
A coordenadora da Central de Transplantes, Rogéria Nunes, destaca que cada fila possui critérios específicos de espera. Em 2023, foram realizados 320 transplantes no Rio Grande do Norte, um esforço conjunto para atender à crescente demanda por órgãos.
“É fundamental compreender que cada pessoa na fila de espera tem uma história única, uma luta diária pela sobrevivência, e a doação de órgãos é a ponte para a esperança e uma vida plena”, destaca Rogéria.
Um marco importante foi registrado no Hospital Rio Grande em 5 de dezembro de 2023, quando foi realizado o primeiro transplante cardíaco do ano. A chegada do coração foi acompanhada por uma escolta especial da Secretária de Trânsito e Transportes Urbanos (STTU), um gesto que simboliza a urgência e importância desse procedimento.
José Valdson, que trabalha como eletricista e recebeu o coração, passou dez dias internado em estado grave, ele enfrentava uma insuficiência cardíaca, e os médicos temiam pela sua vida caso o órgão não chegasse a tempo. Hoje, pouco mais de um mês após o transplante, José se recupera em casa, com a família.
“Os médicos deram um prazo de 6 meses para a recuperação total, e eu sou eternamente grato aos doadores. Encorajo a todos a considerarem a doação como um ato de amor e solidariedade que pode salvar vidas”, incentiva José Valdson.
O gesto de doar órgãos não apenas transforma vidas, mas também cria um legado de esperança para aqueles que enfrentam a difícil jornada da espera por um transplante. Que histórias como a de José Valdson inspirem mais pessoas a se tornarem doadoras, proporcionando uma segunda chance de vida para quem necessita desse gesto de generosidade.
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