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FIERN diz que “fez o possível” para Hering não deixar de investir no RN

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Mediante a notícia de que a Hering poderá encerrar suas atividades no estado, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte esclarece, em nota, que buscou, no início do segundo semestre, a direção da empresa e o Governo do Estado, por meio da SEDEC, no intuito de evitar os distratos com as oficinas de costura e construir soluções “para a permanência das atividades de produção no Rio Grande do Norte”.

O problema é que não conseguiu evitar. Agora, o RN só tem a lamentar. Instalada no Estado desde o ano 2000, a Cia. Hering atua com aproximadamente duzentos e setenta colaboradores diretos e cerca de cinquenta facções terceirizadas, gerando mais de 1.500 empregos na região e produzindo aproximadamente 180 mil peças/mês nas linhas de jeans e tecido plano.

A empresa já encerrou contratos com 70 facções no interior do RN, que geravam 4 mil empregos. É para lamentar mesmo.

Veja a nota na íntegra:

NOTA

A FIERN soube, no início do segundo semestre de 2020, que a HERING estava descredenciando oficinas de costura no interior do Rio Grande do Norte. A presidência desta entidade agendou, de imediato, uma reunião com a direção da empresa e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, ocasião em que foi feito um apelo à HERING para que não ocorressem os distratos com as pequenas indústrias do interior, assim como, foi reiterado o apoio da FIERN – e do Governo do Estado – para a permanência das atividades de produção no Rio Grande do Norte.

Lamentavelmente, a diretoria da HERING noticiou os prejuízos que já vinham ocorrendo agravados, significativamente, pelo fechamento das lojas – em todo o Brasil – em razão da pandemia de Covid-19, considerando que a maioria estava localizada em ambientes de shopping centers. Quem decide, de fato, o tamanho da produção de qualquer empresa é o mercado. Não é possível uma intervenção. O que era possível foi feito: a FIERN procurou a empresa, fez o apelo, apresentou meios para apoiá-la. Aliás, assim tem sido feito em relação a todas as empresas que se interessam pelo Rio Grande do Norte.

Recentemente, neste sentido, a FIERN e o SENAI estão apoiando as oficinas de costura na prospecção de novos clientes, particularmente, empresas pernambucanas e cearenses que estão em tratativas para compra de serviços no interior potiguar. Portanto, se a HERING, por razões de mercado, está reposicionando seu negócio, devemos conjuntamente procurar novos clientes para as oficinas de costura que são células estratégicas e relevantes de geração de emprego e renda, indispensáveis ao desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte.

Natal, 21 de setembro de 2020.

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