A Polícia Civil teve acesso a trocas de mensagens entre os dirigentes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), envolvida no escândalo da merenda. Em uma das conversas, segundo os investigadores,eles falam sobre a propina paga em parcelas que foi combinada durante a campanha de 2014, quando o atual presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, do PSDB, foi eleito deputado.
As conversas aconteceram em 8 de maio de 2015. Os pagamentos teriam acontecido depois da campanha. Capez assumiu a presidência da Assembleia Legislativa em março de 2015.
Em delação premiada, o lobista Marcel Júlio também cita a participação do presidente da Assembleia no esquema. Marcel Júlio é apontado pela polícia, pelo Ministério Público, como o principal elo entre a Coaf, funcionários públicos e políticos.
Nota de repúdio
O deputado Fernando Capez disse que repudia com veemência a injusta citação de seu nome. Ele disse que não recebeu qualquer valor ou bem para uso em campanha e que as acusações são levianas e carregadas de más intenções políticas. O deputado afirmou ainda que não existem provas contra ele e que aguarda, sereno, a demonstração da inocência dele.