SELO BLOG FM (4)

Feira do Alecrim passa a ser Patrimônio Cultural Imaterial do RN

A PRIMEIRA EDIÇÃO DA FEIRA DO ALECRIM FOI REALIZADA EM 18 DE JULHO DE 1920, UM DOMINGO. FOTO: ILUSTRAÇÃO

A tradicional Feira do bairro do Alecrim, realizada sempre aos sábados, passa a ser considerada um Patrimônio Cultural Imaterial do Rio Grande do Norte. O projeto com este objetivo foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Estado durante sessão desta quarta-feira (23).

Autor do projeto, o deputado estadual Ubaldo Fernandes (PL) justificou que a Constituição reconhece a importância de se incluir no patrimônio a ser preservado pelo Estado em parceria com a sociedade, os bens culturais que sejam referências dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.

“O patrimônio imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana”, explicou.

A primeira edição da Feira do Alecrim foi realizada em 18 de julho de 1920, um domingo. Apenas algum tempo depois a Prefeitura moveu a feira para o sábado. Atualmente a Feira do Alecrim tem mais de mil feirantes e possui 515 metros de cobertura (tendas), reunindo um total de 1.056 bancas.

“É uma tradição quase centenária na capital potiguar e é um grande shopping a céu aberto. Ir à feira é o maior exemplo da nossa parte cultura, que está escondida nos shoppings, é relembrar aqueles costumes do interior, não só pelos produtos, mas também na forma de compra”, disse o parlamentar.

Na mesma sessão a Assembleia aprovou projeto da deputada estadual Isolda Dantas (PT), que cria o Conselho Estadual de Políticas Públicas de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais no RN. O objetivo do colegiado será atuar na promoção e construção de políticas públicas da cidadania e defesa dos direitos, assim como combater à discriminação e violência contra a população LGBT.

O Conselho será formado por 20 pessoas, sendo 10 do poder público e outros 10 da sociedade civil, com mandato de dois anos, permitida uma recondução. O trabalho será considerado serviço de relevante interesse público, não remunerado.

“O Brasil é um dos países com os maiores índices de LGBT mortos e agredidos, estando o RN nestas estatísticas. De acordo com o relatório de violência homofóbica no Brasil, no ano de 2013, foram reportadas 9,31 violações de direitos humanos de caráter homofóbico do total de violações no dia. A cada dia, durante aquele ano, 5,22 pessoas foram vítimas de violência homofóbica do total de casos reportados no País”, disse Isolda na justificativa.

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

Comente aqui