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Fátima propõe ao Consórcio NE ações conjuntas em defesa das mulheres

A PROPOSTA TAMBÉM INCLUI O FORTALECIMENTO DE PROGRAMAS DE EMPREGO E RENDA NA CIDADE E NO CAMPO. FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER

Fátima Bezerra (PT) propõe ação conjunta entre os governos do Nordeste na ampliação dos organismos de defesa das mulheres, incluindo a integração das delegacias especializadas de atendimento às mulheres, polícia técnica e patrulhas da Ronda Maria da Penha. A proposta foi feita ao Consórcio dos estados da região.

“Precisamos criar um sistema integrado de enfrentamento à violência contra a mulher capaz de melhorar o monitoramento dos processos e fiscalização das medidas protetivas”, disse a governadora potiguar, no texto enviado aos governadores nordestinos. A Bahia já contribuiu na capacitação das Polícias Militares de Alagoas, Maranhão, Sergipe e Paraíba, e a ideia, segundo a governadora, é ampliar essas ações para os demais estados do Nordeste.

A proposta também inclui o fortalecimento de programas de emprego e renda na cidade e no campo. “Eu sou uma mulher nordestina e não poderia neste 8 de março fugir à minha natureza: é preciso antes de tudo ser forte. É preciso ter coragem de enfrentar as desigualdades gritantes que impedem as mulheres de ascenderem aos espaços de poder, de estruturarem suas carreiras e garantir sua autonomia. É preciso garantir um ambiente democrático e o direito e a integridade de nossos corpos para conquistar a equidade entre homens e mulheres”.

No texto enviado aos colegas governadores, Fátima observou ainda que “a cada 4 minutos uma mulher é vítima de violência no Brasil e a cada oito horas uma delas morre”. A Lei Maria da Penha existe desde 2006, mas foi só em 2015 que surgiu o crime de feminicídio, que é quando uma mulher é morta só porque é mulher. “Esse tipo de crime é mais antigo até do que a própria Bíblia, mas a defesa das mulheres, por mais incrível que pareça, ainda é muito recente.

Uma pesquisa recente da Universidade Federal Ceará e do Instituto Maria da Penha disse que a violência doméstica custa aproximadamente R$ 64,4 milhões ao Nordeste, considerando tanto a defesa e tratamento da vítima, como o dinheiro que ela para de gerar exatamente porque morreu ou foi agredida.

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