Enquanto o vizinho estado do Ceará divulga o seu destino turístico em meia página do jornalão Estado de São Paulo, nesta quarta-feira, 28, a governadora Fátima Bezerra deixou parte do chamado “trade turístico” com as orelhas murchas, durante recente reunião realizada na, segunda-feira, dia 26, na Governadoria com entidades do chamado “trade turístico” potiguar….
…. Fátima foi transparente como um cristal ao dizer que o Rio Grande do Norte não tem condições de investir em divulgação turística, por falta de disponibilidade de recursos do “Governo Cidadão”…
…. Ela encaminhou a cobrança da fatura de divulgação para a bancada federal, ao sugerir que o empresariado do turismo fosse atrás dos deputados e senadores para obter recursos para divulgação, através de emendas parlamentares.
Aliás….
Fátima foi honesta com o “trade” turístico e a sua declaração converge com o depoimento que o secretário de Finanças do RN, Aldemir Freire, deu aos deputados estaduais durante reunião realizada nesta terça-feira, 28, na Comissão Finanças e Fiscalização da Assembleia Legislativa:
– O estado não tem capacidade para investir em nada, nem em operação ‘tapa buracos”, revelou Aldemir.
Freire deixou claro que o Rio Grande do Norte está quebrado, e sem capacidade de investir em nada pelos próximos dois anos, pelo menos. Novos investimentos só se a economia reagir e o modelo econômico do ministro Paulo Guedes tiver êxito. Aldemir enfatizou que torce pelo ministro da Economia do governo Bolsonaro.
Mas….
O trade turístico não quer apenas divulgação, quer também que o governo do RN beneficie o setor com incentivos fiscais para, por exemplo, aquisição de equipamentos; e reduza o valor do ICMS que o empresariado paga sobre a energia elétrica; ou seja à Cosern.
Fátima ouviu, não disse que sim, não disse que não.
Anotou a reivindicação no seu bloco de pedidos, muitos dos quais nunca sairão do papel.
O sempre otimista “trade” turístico, na ausência de recursos do Governo Cidadão, tem esperança a governadora invista em divulgação com recursos próprios do Estado.
O mesmo Estado que tem uma folha de pagamento de R$ 500 milhões / mês e só de decisão judicial tem bloqueado na conta geral bloqueado a nota preta de R$ 286 milhões por ano, para demandas da área de saúde.
O “trade” turístico parece não ter entendido o recado…