Os filhos do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), pretendem criar um novo partido, que seria uma reedição da antiga UDN (União Democrática Nacional). No entanto, essa operação não deve ser concluída no meio do processo de tramitação da reforma da Previdência, pois poderia atrapalhar a necessidade de aprovar o projeto.
A UDN era 1 partido de centro-direita, anti-getulista, que apoiou o golpe de 1964, mas foi extinto durante o regime militar. Manteve o 2º lugar na Câmara dos Deputados até 1962. Seu principal adversário era o PSD (Partido Social Democrático), de representação majoritária no Congresso –o PSD foi refundado em 2011.
A nova sigla seria responsável pelo projeto político de aglutinar lideranças da direita nacional que se identificam com o liberalismo econômico e com a pauta nacionalista e conservadora, defendida pelos Bolsonaros.
Nas eleições de 2018, a UDN, ainda em formação e sem registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foi 1 dos partidos sondados por interlocutores de Jair Bolsonaro para a disputa pela Presidência.
De acordo com o TSE, o novo partido é 1 dos 75 em fase de criação e está em processo de homologação.
Crise no PSL
O atual partido dos Bolsonaros é o PSL, que está sob suspeita de desviar verba pública nas eleições de 2018 por meio de candidaturas laranjas. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, determinou a investigação do caso.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, está no centro da crise que envolve as candidaturas laranjas no partido. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) chamou o ministro de mentiroso após Bebianno dizer que conversou com Bolsonaro sobre o caso. O presidente endossou o filho.
Fonte: Poder 360