O ministro das Comunicações, Fábio Faria, reconheceu nesta segunda-feira (12) que o governo do presidente Jair Bolsonaro vive uma queda de popularidade. Alvo de denúncias na CPI da Covid-19 no Senado, a gestão federal vive um abalo na imagem constatado em pesquisas de opinião. Na semana passada, levantamento do Instituto Datafolha, por exemplo, mostrou que 51% dos entrevistados consideram o governo Bolsonaro “ruim” ou “péssimo”.
Em entrevista ao programa “12 em Ponto 98”, da 98 FM Natal, Fábio admitiu que este não é um “momento positivo” para o governo Bolsonaro. “Não adianta querer estar bem no momento em que a gente sabe que não é o momento positivo para a gente. A eleição não é corrida de 100 metros, é maratona. O importante é que a gente consiga concluir os projetos importantes e chegue bem no ano que vem”, enfatizou o ministro das Comunicações.
Fábio Faria atribuiu a queda na popularidade do presidente ao trabalho da CPI da Covid-19 no Senado e à cobertura da imprensa. “A gente sabe que estamos vivendo um momento em que a CPI tem atacado o presidente todos os dias. Querem colar a imagem do presidente em qualquer tipo de assunto negativo, e isso é repercutido em toda a imprensa, em toda a rede social dos opositores”, complementou.
Para o ministro das Comunicações, contudo, o cenário é reversível. “Tem a vacinação, que agora que começou a acelerar de uma forma muito rápida, e temos diminuído a curva… Tem a economia, que está começando a voltar… O momento que você olha hoje é diferente do momento em que nós estaremos daqui a três, quatro meses”, destacou.
A fala de Fábio Faria destoa da do presidente Jair Bolsonaro, que costuma desacreditar o resultado de pesquisas. Ao “12 em Ponto 98”, o ministro enfatizou que o presidente não acredita nos números.
“O presidente não acredita em pesquisa. Ele não ouve pesquisa, nem boa nem ruim para ele. Nenhuma vez ele falou sobre isso, postou sobre isso. Nem naquele momento em que as pesquisas davam ele lá na frente. Ele nunca acreditou em pesquisa, porque as pesquisas sempre derrotaram ele. Em 2018, ele perderia, segundo as pesquisas, para qualquer um que fosse candidato contra ele. Então, óbvio que a gente observa os momentos”, acrescentou.
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