Conhecida por trabalhar como repórter na Globo, Record e SBT, Simone Munhoz foi presa em flagrante no final de outubro por se envolver em uma briga com policiais no Paraná. A jornalista, que apresentava o principal telejornal da afiliada da emissora de Silvio Santos no estado até o início deste ano, foi para a Cadeia Pública de Paranaguá depois de ter sido denunciada por seus vizinhos, que afirmaram sofrerem ameaças da comunicadora há vários meses. A ex-funcionária de Ratinho foi indiciada por ameaça, resistência contra a administração pública e por desacato a autoridade.
Na tarde de 26 de outubro, Simone foi presa em flagrante em Pontal do Paraná, cidade do litoral do estado, após seu companheiro chamar a polícia alegando que o casal estaria sendo ameaçado por sua vizinha. A situação encontrada pelos policiais, no entanto, não condizia com a realidade. De acordo com o boletim lavrado pela 3ª Central de Flagrantes, a dupla era quem estava ameaçando a vizinha, sua filha e uma terceira pessoa que estava no local.
Depois de apurarem o caso e pedirem os documentos dos envolvidos para a abertura formal da ocorrência, os policiais descobriram que havia um mandado de prisão contra o homem que morava com a jornalista — e que solicitou a presença das autoridades no local. Ele foi imediatamente algemado e colocado no camburão, provocando a indignação da comunicadora. Segundo a ocorrência, “Simone estava sendo encaminhada no banco traseiro da viatura, mas ficou alterada e começou a avançar no policial, sendo necessário algema-la e coloca-la com seu convivente no camburão”.
No relatório elaborado pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná, há o relato de que a vizinha de Simone Munhoz afirmou que sofre “ameaças e incômodos desnecessários” há algum tempo, motivadas pelo relacionamento da jornalista com o seu ex-companheiro. O homem em questão, no entanto, não é o locutor esportivo Linhares Júnior, com quem a comunicadora é casada há mais de 24 anos. Segundo a vítima, a antiga repórter da Globo proferiu frases como “vou acabar com vocês” e “vou quebrar a sua casa”, tendo se descontrolado a partir da chegada da polícia.
Ainda de acordo com o órgão, a âncora “foi interrogada e apresentou um comportamento absolutamente reprovável e foi desrespeitosa desde o momento da sua chegada na delegacia, ofendendo e atrapalhando a todos que estavam no local”. Segundo os envolvidos na ocorrência, Simone deu “relatos agressivos e desconexos” durante o interrogatório e desrespeitou autoridade policial, tendo “interrompido perguntas e subvertendo a ordem do procedimento”. Diante disso, ela foi presa em flagrante e indiciada pelos artigos 147, 329 e 331 do Código Penal, com fiança de R$ 13.200,00.
O caso foi parar nas mãos da juíza Carolina Valiati da Rosa, que determinou a redução da fiança para R$ 3.000,00, já que “os fatos cometidos pela autuada são de baixa gravidade e não atingiram a ordem econômica”. No dia seguinte, em 27 de outubro, os advogados constituídos por Simone Munhoz pediram para que a jornalista fosse liberada sem a necessidade do pagamento, afirmando que “apesar de jornalista de formação, a indiciada é pobre no sentido da Lei e atualmente encontra-se desempregada, impossibilitando de cumprir a determinação”.
Ainda não há data para que a jornalista passe por uma nova audiência do caso. Ela, no entanto, comparecerá novamente aos tribunais em 21 de novembro, desta vez para o julgamento de uma ação trabalhista movida por ela contra a Rede Massa. Inconformada com sua demissão, Simone pede R$ 848.941,62 para a emissora mantida por Ratinho.
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