O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves afirmou nessa quarta-feira 9 que não procede a informação de que o Diretório Nacional do PDT estaria insatisfeito com a atuação dele na presidência da legenda no Rio Grande do Norte e que, por isso, a sigla estaria estudando trocar o comando no Estado. Recentemente, o nome do senador Jean Paul Prates (PT) foi apontado por um blog local como preferido para assumir o PDT.
“Isso é uma afirmação absolutamente inverídica. O próprio Jean falou comigo por telefone, e eu nem o conhecia, nunca tive contato. Ele disse que essa notícia não existe. Eu, por outro lado, tenho absoluta tranquilidade, porque tenho a melhor tratativa com a Direção Nacional do partido, sem nenhum problema. Jamais seria vítima de uma deslealdade do Diretório Nacional. Jamais”, afirmou Carlos Eduardo, em contato com a reportagem do Agora RN.
Em nota divulgada no último sábado 5, o próprio Jean também disse que a informação não era verídica. O senador negou que estivesse articulando para tomar o controle do PDT no Estado.
“Certamente, as especulações nesse sentido emergem de pessoas interessadas em caracterizar algum tipo de ameaça externa, inexistente, visando a amealhar algum resultado específico ou benefício próprio. Liguei para Carlos Eduardo e deixei claro que não existe tal movimentação de minha parte”, pontuou.
Nos bastidores, comenta-se que a direção nacional do PDT estaria descontente com Carlos Eduardo especialmente porque o ex-prefeito apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República em 2018, enquanto o partido optou por declarar um “apoio crítico” a Fernando Haddad (PT). No 1º turno, a legenda lançou a candidatura de Ciro Gomes, que terminou a disputa em 3º lugar.
Carlos Eduardo explica que apoiou explicitamente Ciro no primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. Ele atribui a isso o fato de, no RN, Ciro ter registrado a segunda maior votação proporcional no Brasil: 22,31% dos votos. O RN ficou atrás apenas do Ceará (40,95%), reduto político da família Ferreira Gomes.
Como a disputa acabou decidida em segundo turno entre Bolsonaro (então no PSL, hoje sem partido) e Haddad, Carlos Eduardo revelou que optou por votar contra o candidato petista, pois o partido de Lula não “merecia ganhar a quinta eleição consecutiva” para o principal cargo do Executivo Brasileiro.
Com informações do Agora RN