Famosa por sua passagem pelo comando do programa Sem Censura, da TV Brasil, entre os anos de 1986 e 1996, a jornalista Lúcia Leme morreu nesta segunda-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 82 anos, após uma luta contra um câncer no pulmão. O enterro da apresentadora será realizado ainda nesta segunda, às 16h30, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio.
Lúcia iniciou no jornalismo como estagiária da TV Tupi, no final dos anos 70. Em seguida, foi convidada pelo jornalista e ex-senador Artur da Távola (1936-2008) para ajudá-lo a escrever sua coluna no jornal O Globo sobre televisão. Foi dessa forma que Lúcia ingressou no jornalismo impresso.
A jornalista partiu em seguida para a Editora Bloch, onde atuou em revistas como a Manchete, Fatos e Fotos, Amiga, Ele & Ela. Ao mesmo tempo, ela também trabalhou alguns anos na Rádio Manchete e, depois, na TV Manchete.
Entretanto, foi no comando do Sem Censura, um ano depois da estreia da atração na grade da então TVE Brasil, que Lúcia conseguiu colocar o programa em um padrão de relevância nacional. Ao receber Xuxa, em 1988, o programa atingiu 9 pontos no Ibope, marca expressiva para a emissora na época. Na TVE, ela ainda atuou em atrações como Front Page, Intervalo e Espaço Público.
Nos últimos anos, Lúcia vinha produzindo conteúdo na internet e para a web-rádio do MultiRio, portal de educação, cidadania e comunicação ligado à prefeitura do Rio. Lúcia Leme completaria 83 anos nesta terça-feira, dia 9 de março. Ela deixa os filhos Luciana, Renato, Fernanda e João Henrique e os netos Guilherme e Bruno.
