A estudante Luana Félix, de 19 anos, vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano na tentativa de cursar medicina. Aluna da Escola Estadual José Fernandes Machado, no bairro Ponta Negra, Zona Sul de Natal, ela – assim como toda a turma – vai precisar encarar a prova e a concorrência a partir do próximo domingo (17) sem ter assistido uma aula presencial sequer desde o mês de março, por conta da pandemia da Covid-19.
“Com toda certeza nós não vamos ter a mesma chance. Não tivemos a base que os alunos que tiveram aula esse ano têm para realizar a prova”, lamentou.
A realidade dela e dos colegas de sala é também a de milhares de estudantes da rede pública do Rio Grande do Norte, que viram as aulas presenciais serem canceladas no dia 17 de março – há cerca de 10 meses.
Sem condições de investir em algum cursinho particular ou em outra forma de ensino, Luana precisou se virar como deu para estudar. A solução foi a internet – plataforma que ela mesmo admite que muitos estudantes sequer têm acesso.
“Eu me preparei da maneira que eu consegui, em meio a todos os acontecimentos. Não tenho condições de bancar um cursinho, então estudei por conta própria, procurando apostilas na internet”, disse.
G1RN