A vereadora Júlia Arruda, agora ex-pedetista, é a mais nova ‘patricinha bolivariana’ da política potiguar. Na sexta-feira passada, a primeira mulher a se reeleger vereadora na Câmara Municipal de Natal, assinou ficha de filiação ao PCdoB no Rio Grande do Norte.
Agora, a ‘nova comunista’ tentará renovar seu mandato pela quarta vez, sem escorregar do salto alto. Se a ideia é fortalecer a nominata da sigla nas eleições de outubro próximo – caso não sejam canceladas – e descolar uma cadeira na Câmara Municipal, por outro lado, a bela Júlia deverá ter umas ‘aulinhas’ com a outra bela, Manuela d’Ávila – presidente do Partido Comunista do Brasil. Será preciso, a partir de agora, redobrar a discrição ao aliar a conceito de bom vivant à própria ideologia de esquerda, tão ‘igualitária’ nos tempos de hoje, por sinal.
A filiação ocorreu na véspera do prazo legal da janela de transferências partidárias, que se encerrou nesse sábado. O anúncio do desligamento do PDT foi feito pela vereadora nas redes sociais, em uma espécie de crítica reacionária ao partido do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo. Júlia ensaia os primeiros passos na ultra esquerda.
Minha saída do PDT era uma das condições negociadas entre a direção local do partido e o grupo de vereadores do chamado “chapão”. Grupo este que, ao contrário do aumentativo da alcunha, demonstra com essa condicionante a pequenez daqueles que se acovardam diante de desafios. Seria justificável tamanho receio em enfrentar uma mulher com votação superior a todos eles nas últimas eleições?”, disparou.
– Ameaça sórdida, desavergonhadamente confirmada por um segundo emissário do “chapão”, e que só justifica o descrédito da classe política perante a opinião pública. Afinal, são artimanhas desse tipo que insistem em transformar a política partidária em um território obscuro e vergonhoso.Diante disso, chego a duas conclusões: a de que esse constrangimento não é meu, e de que esse PDT não me representa”, afirmou.